O Flamengo foi derrotado pelo Grêmio por 3 a 2, mesmo dominando boa parte da partida. O técnico Tite, em sua coletiva pós-jogo, fez uma avaliação franca do desempenho rubro-negro, afirmando que o resultado não refletiu o que foi a partida, mas reconhecendo que a falta de efetividade pesou para o revés.
"Flamengo jogou e o Grêmio ganhou", disse Tite, ressaltando que sua equipe teve mais posse de bola e criou mais oportunidades, mas pecou nas finalizações. "O número de oportunidades, finalizações no gol que tivemos... Volume ofensivo mesmo com 10 homens. O resultado não diz o que foi o jogo. Efetividade é um fator determinante, não disse que é injusto. Disse apenas que jogamos", analisou o treinador.
Os números reforçam o ponto de Tite. O Flamengo teve 56% de posse de bola e finalizou 20 vezes durante os 90 minutos, acertando o gol em oito ocasiões. Porém, conseguiu converter apenas duas dessas chances em gol. Já o Grêmio, foi cirúrgico: marcou três vezes em quatro finalizações no alvo, mostrando uma efetividade de 75%.
O Flamengo começou melhor, controlando o primeiro tempo e repetindo a pressão no início do segundo. No entanto, o cenário mudou com o gol do Grêmio e, logo em seguida, a expulsão de Carlinhos. A partir daí, a equipe perdeu o ritmo, e o Grêmio ampliou com Diego Costa, aproveitando uma falha de organização defensiva do Rubro-Negro.
César Sampaio, auxiliar técnico de Tite, comentou sobre a desorganização no segundo gol gremista: “Fizemos um movimento precipitado, dobra no mesmo homem. Parte disso é porque essa equipe não tinha uma rotina de jogar junta. Isso é subproduto do que havia acontecido depois do segundo gol e da expulsão de Carlinhos”.
Com a derrota, o Flamengo acumula três jogos sem vitória e a pressão sobre o trabalho de Tite aumenta, especialmente após o tropeço para o Peñarol na Libertadores. O técnico, no entanto, tratou a questão com naturalidade, deixando nas mãos da diretoria qualquer decisão sobre seu futuro: “Pressão faz parte da profissão, sempre foi assim. Especulações é de vocês, não de minha parte porque tenho muito orgulho de ser Flamengo. Meu trabalho segue, e essa pergunta não é para mim, é para os dirigentes”.
Agora, o Flamengo precisa voltar a vencer para recuperar o moral e se manter na briga tanto no Brasileirão quanto na Libertadores, competições em que o clube ainda tem chances, mas vê o tempo se encurtar.