Antônio José Rondinelli Tobias nasceu em São José do Rio Pardo (SP), no dia 24 de abril de 1955. Mas, para a torcida do Flamengo, Rondinelli tinha outro nome. Era o Deus da Raça, pela garra, vibração e entrega dentro das quatro linhas. Zagueiro vigoroso, não dava espaço aos adversários. Marcava firme. Não tinha bola perdida para ele, um autêntico craque TIM 4G do passado e um dos homenageados pela TIM, patrocinadora dos quatro grandes clubes cariocas.
Rondinelli começou a jogar futebol nas categorias de base do Flamengo, em 1968, e chegou ao time principal em 1971. Dois anos depois, era titular absoluto. Com a camisa rubro-negra - que defendeu de 1971 a 1980 -, foi campeão carioca em 1974, 1978, 1979 e 1979 (especial) e campeão brasileiro em 1980. O Flamengo foi o único clube pelo qual comemorou títulos. Na Gávea, atuou em 396 jogos, com 242 vitórias, 100 empates e 54 derrotas, marcando 14 gols.
Foi um destes 14 gols que fez dele um verdadeiro ídolo. No Estadual de 1978, na final contra o Vasco, no dia 3 de dezembro, Rondinelli marcou o gol do título com uma cabeçada certeira, após escanteio cobrado por Zico, aos 41 minutos do segundo tempo, diante de 128 mil pessoas, no Maracanã. Ali nasceu o apelido Deus da Raça e, a partir daquele momento, o zagueiro passou a ser tratado como herói pela torcida.
Antes daquele gol, Rondinelli passou por um drama na carreira. Ele chegou a ser convocado para a Seleção Brasileira durante a fase de preparação para a Copa do Mundo de 1978, na Argentina, mas sofreu uma grave lesão no joelho esquerdo que o tirou do gramado por três meses.
No período, viu o Flamengo contratar novos zagueiros e perdeu espaço no grupo. Manguito, com 20 jogos, e Nelson, com 17, foram os titulares durante a maior parte do Carioca de 1978. Rondinelli retornava aos treinos, mas voltava a sentir dor e tinha de voltar ao tratamento. Ele praticamente já não fazia mais parte dos planos do técnico Cláudio Coutinho. Quase foi negociado em um esquema de troca de jogadores com o Internacional e o Atlético-MG.
Mas, apesar de todo o cenário desfavorável, Rondinelli decidiu que não iria desistir. Intensificou os treinamentos, recuperou a condição de titular nos últimos jogos do returno e não saiu mais do time. Disse, em entrevistas, depois da final contra o Vasco, que tinha sonhado que faria o gol salvador. E fez mesmo. Foi o único gol marcado por Rondinelli no campeonato. Por causa da lesão, jogou apenas seis vezes na competição.
Depois do Flamengo, Rondinelli teve passagens discretas por clubes como Corinthians e Vasco (1981), Bonsucesso (1982), Atlético-PR (1983), Paysandu (1985), Goiânia (1986) e Goiás (1987). Encerrou a carreira no Bonsucesso. Fez cinco jogos com a camisa da Seleção Brasileira. Atualmente, o ex-zagueiro vive entre a cidade natal - onde tem uma escolinha de futebol chamada "Deus da Raça" - e Cabo Frio, cidade da mulher.
Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM homenageará até o fim de 2017 jogadores do passado dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que, de forma geral, apresentaram os atributos “G” (Garra, Gênio, Gigante, Grandeza) quando atuavam. Periodicamente, contaremos um pouco da história destes craques e o motivo deles terem sido escolhidos. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.
TIM 4G: Rondinelli, o Deus da Raça
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