Tem volta? Ídolos como Gabigol já se despediram, mas retornaram a clubes onde fizeram sucesso; relembre

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Gabigol deu adeus ao Flamengo no domingo, marcando seu 161º gol em 308 jogos com a camisa do clube. Em entrevista após a partida, garantiu que não haverá reviravolta, mas deixou em aberto a possibilidade de voltar a vestir a camisa do Flamengo. Um caminho que não é tão incomum no Flamengo e nos grandes clubes cariocas.

Foi o caso de Zico e de Júnior, ídolos do rubro-negro que tiveram duas passagens pelo clube e com os quais Gabriel empata em número de títulos com a camisa do clube, 13. O Galinho, que já havia conquistado todos os troféus possíveis com a camisa do Fla, rumou à Udinese, da Itália, em 1983. Dois anos depois, veio o retorno.

O Galinho, maior ídolo da história do clube, conviveu com lesões naqueles, mas deu a volta por cima com mais troféus: o do Brasileirão de 1987, a Copa União, e o do estadual de 1986. É o quinto maior artilheiro da história do campeonato, com 135 gols.

Caso parecido foi o de Júnior, que teve passagem de sucesso na Itália após deixar o rubro-negro e retornou ao clube em 1989, aos 35 anos. Passou a atuar como meio-campista e foi nome importantíssimo, já aos 38 anos, na conquista do Brasileirão de 1992. Também foi campeão da Copa do Brasil de 1990 e do Carioca de 1991. Se aposentou em 1993.

Dinamite: duas passagens pelo Vasco

No Vasco, Roberto Dinamite já era tetracampeão carioca, campeão brasileiro de 1974 e artilheiro de boa parte das competições que disputava quando rumou ao Barcelona em 1979, naquele que parecia o grande passo da carreira rumo à Europa. A empreitada acabou não dando certo, e o craque voltou ao cruz-maltino após uma "disputa" entre o clube e o rival Flamengo.

Na volta ao clube que o revelou, em 1980, emendou mais 12 anos de carreira. Foi campeão carioca em 1992 e acumulou mais artilharias, a ponto de hoje ser o maior artilheiro da história do campeonato, com 192 gols. Ainda presidiu o Vasco depois do fim da carreira.

O cruz-maltino tem um histórico recente de retornos de ídolos. Campões da Libertadores em 1998, Juninho Pernambucano, Pedrinho e Felipe foram alguns dos que voltaram ao clube entre 2008 e 2013. Hoje, Pedrinho é presidente do clube, enquanto Felipe, que foi campeão da Copa do Brasil em 2011 pelo Vasco, é diretor técnico e treinou o cruz-maltino interinamente nas três últimas rodadas do Brasileiro.

Túlio e Fred voltam com conquistas estaduais e regionais

Túlio Maravilha foi o grande nome do Botafogo em 1995, no segundo título brasileiro conquistado pelo clube. Chegou em 1994 e foi artilheiro do Brasileirão naquele e no ano seguinte, quando o alvinegro ficou com o título. Foi dele o gol no empate em 1 a 1 com o Santos, no segundo jogo da final.

Túlio deixou o Botafogo em 1997, rumo ao Corinthians, mas voltaria ao Botafogo em duas oportunidades. Na primeira, conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1998. Em 2000, esteve no clube novamente, em curta passagem.

No Fluminense, houve um dos casos mais recentes de retornos de grandes ídolos. O atacante Fred, que até agosto era diretor de planejamento do clube, construiu a idolatria na primeira passagem, entre 2009 e 2016, quando conquistou duas vezes o Campeonato Brasileiro, em 2010 e 2012. Foi artilheiro da competição em 2012 e 2014.

Após sair do Fluminense, passou por Atlético-MG e Cruzeiro. Em 2020, retornou ao tricolor para o último compromisso da carreira profissional. Foi campeão carioca em 2022 e chegou aos 199 gols com a camisa do Fluminense, pelo qual ainda disputou Libertadores. Também se tornou o maior artilheiro da Copa do Brasil, com 37 gols, e segundo maior artilheiro do Brasileirão, com 158. Ganhou uma despedida apoteótica no fim da carreira.

Fonte: O Globo