Técnico espanhol e ex-Flu no ataque: o que esperar do Emelec contra o Fla?

Após se classificar às oitavas de final da Copa Libertadores, o Flamengo encontrará um velho conhecido na abertura do mata-mata: o Emelec (EQU), adversário com quem já mediu força outras seis vezes nesta década. O rubro-negro conhece os atalhos para superar o "caldeirão moderno" do George Capwell, mas O GLOBO conversou com jornalistas equatorianos para detalhar outros perigos, como a fase artilheira de Brayan Angulo ou a "lei do ex" de um atacante com passagem relâmpago pelo Fluminense. Confira!

Como chega para enfrentar o Flamengo?

Neste momento, o Emelec se encontra em uma fase de transição desde que chegou o técnico espanhol Ismael Rescalvo, que substituiu Mariano Soso. O clube equatoriano vinha embalado por uma série de quatro vitórias seguidas, mas foi derrotado pelo Deportivo Cuenca (EQU) dentro de casa, de forma surpreende no último fim de semana. A fase é de incertezas e de pouca confiança.

Como está nas tabelas de classificação?

Nesta Libertadores, o Emelec se classificou em segundo lugar no Grupo B - que tinha Cruzeiro, Hurácan (ARG) e Deportivo Lara (VEN) - somando nove pontos com duas vitórias, três empates e uma derrota. No Campeonato Equatoriano, está na sétima colocação com 18 pontos em 18 rodadas - 12 a menos que a líder Universidad Católica (EQU).

Quem são os destaques?

Aos 37 anos, o goleiro Dreer é o grande ídolo da torcida e já completou mais de 300 jogos pelo clube. É apelidado de "Rifle", pois tem uma boa reposição de bola com as mãos. Outro jogador para ficar de olho é o centroavante Brayan Ángulo, considerado a principal referência técnica e jogador mais perigoso da equipe. Dos seis gols da equipe equatoriana nesta Libertadores, quatro foram anotados por ele.

Dreer é um dos ídolos do Emelec Foto: Divulgação/Emelec
Dreer é um dos ídolos do Emelec Foto: Divulgação/Emelec

Reforços contratados para a Libertadores

Se o Flamengo acertou com Rafinha, Gérson, Pablo Marí e Filipe Luís, o Emelec também foi ao mercado para fazer contratações, mas de forma mais modesta. Os equatorianos acertaram com o zagueiro Aníbal Leguizamon, que estava no Arsenal (ARG), Edwuin Pernia, atacante venezuelano que estava no Deportivo Iquique (CHI) e com o lateral-direito Bryan Carabalí, que estava no Deportivo Cuenca. Entretanto, eles devem começar no banco contra o Flamengo.

Como joga o Emelec?

Desenhado taticamente no 4-2-3-1 e variando para o 4-3-3, o Emelec prioriza a posse de bola e aposta nos laterais ofensivos para auxiliar os atacantes. A referência da equipe é Brayan Angulo, atacante que se recupera de lesão e, caso esteja em campo, será acionado a todo momento por ser o artilheiro da equipe. A provável escalação é: Dreer; Caicedo, Jaime, Vega e Bagui; Arroyo, Queiroz e Godoy; Cabezas, Angulo e Guerrero.

Lembra dele?

Outro jogador que pode trazer perigo para o Flamengo é o equatoriano Bryan Cabezas, que teve uma rápida passagem pelo Fluminense. No Rio de Janeiro, o atacante pouco atuou e logo teve o seu empréstimo rescindido junto a Atalanta (ITA) para defender o Emelec. Ao deixar o Tricolor, reclamou da falta de oportunidades e disse que "gostaria de atuar em um clube estável".

Bryan Cabezas teve passagem pelo Fluminense Foto: Divulgação/Fluminense
Bryan Cabezas teve passagem pelo Fluminense Foto: Divulgação/Fluminense

Como é avaliado o trabalho do treinador?

É uma mudança geral no Emelec, que teve que realizar uma mini pré-temporada na Colômbia antes de retomar as suas atividades no Campeonato Equatoriano. Mariano Soso deixou o clube após uma série irregular de resultados. Com Ismael Rescalvo, o clube engatou uma série de vitórias, bateu o Cruzeiro na Libertadores e traz esperança de dias melhores. Assim como Jorge Jesus teve pouco tempo para ser avaliado.

Como a imprensa equatoriana vê o confronto?

A maioria dos veículos de imprensa apontam o favoritismo para o Flamengo, sabem do grande investimento que fizeram esse ano e estão conscientes da realidade. Além disso, o Emelec não está em boa fase e a torcida teme por uma goleada dentro do George Capwell. Há esperança por um milagre, mas poucos acreditam em uma classificação da equipe equatoriana.

Fonte: O Globo