Técnico do Americano aposta em joias do clube no profissional do Flamengo: "Eu acredito muito"

A dupla passou por um período de avaliação nas categorias de base no Ninho do Urubu e assinou contrato de empréstimo até o fim de janeiro. Já regularizados, eles podem jogar o Campeonato Brasileiro Sub-20 e a próxima Copinha. O tempo é curto, mas quem já comandou os meninos aposta em uma relação mais longa do que esses quatro meses.

Treinador e gestor do Americano, Josué Teixeira foi o responsável por profissionalizá-los no clube de Campos dos Goytacazes. O técnico de 59 anos, campeão da Série C nacional com o Macaé em 2014, mostrou-se confiante em ver as joias alvinegras em breve no time principal do Flamengo – que apesar do elenco estrelado tem dado espaço à base.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, Teixeira foi só elogios à dupla, de personalidades e trajetórias bem diferentes: enquanto o volante surgiu como contrapeso, o zagueiro chegou a ser suspenso no futebol chileno, onde defendeu o Cobreloa. O comandante revelou ainda que há um acordo para que os meninos possam continuar na próxima temporada.

GloboEsporte.com: Quanto tempo você trabalhou diretamente com Chico e Diogo?

Josué Teixeira: – Como coordenador do clube, desde a chegada deles em março. E diretamente no campo, no período de preparação para a Copa Rio. A comissão técnica do sub-20 foi muito importante no aspecto de adaptação deles ao grupo.

Por que os dois foram puxados para o profissional com só 18 anos? Foi uma decisão sua?

– Sim. Devido ao rendimento deles no sub-20, fizemos o primeiro contrato de profissional. E consequentemente eles foram inseridos no grupo que estava sendo preparado para a Copa Rio.

Quais as maiores virtudes que você identificou em cada um deles durante os treinos?

– O Francisco (Chico) é um zagueiro muito forte fisicamente, jogador de imposição, com técnica e velocidade. O Diogo é muito técnico, inteligente, ambi-destro...

E como é a personalidade deles? Como eles são fora de campo?

– O Francisco é alegre e participativo no grupo. O Diogo já é calado e observador.

Tem alguma história curiosa de algum deles?

– O Francisco me foi trazido pelo Vandinho, que tem um projeto em Campos, após ele ter sido suspenso no Chile e me pedido para colocar a cabeça dele no lugar, pois era extremamente explosivo. Fizemos todo o processo com a ajuda do psicólogo da categoria sub-20 e, assim, ele chamou a atenção pelo futebol. O Diogo chegou como contrapeso e para ser avaliado, mas em pouco tempo ganhou destaque na equipe do professor Wederson.

Como surgiu o interesse do Flamengo pelos dois?

– Após o jogo do sub-20 no Carioca, onde o Americano venceu por 1 a 0, e eles fizeram uma grande partida.

Tanto o Diogo quanto o Chico chegaram a ser titulares no profissional do Americano. Para o clube não é ruim perder dois jogadores que já vinham sendo aproveitados no time principal?

– Os dois jogaram no profissional e hoje precisamos criar ativos para o clube, perspectivas futuras interessantes para o Americano e os jogadores. Acreditamos que a evolução deles será fundamental para um futuro próximo.

Eles assinaram contratos curtos de empréstimos. Acha que vai dar tempo de mostrarem serviço?

– Já existe um termo com acordos entre as partes para a sequência da carreira deles. E o Americano tem contratos longos com os atletas.

Acredita que ainda irá vê-los no profissional do Flamengo um dia?

– Eu acredito muito nesta possibilidade. E ficaremos extremamente felizes com a realização do sonho profissional deles.