Suspensão antecipará saída de Marcos Braz do Flamengo

Marcos Braz já confirmou que não permanecerá no Flamengo em 2025, assim como Gabigol. No entanto, ao contrário do atacante, o vice-presidente de futebol não terá uma despedida oficial, já que foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) nesta quinta-feira. A punição, de 15 dias, vai até 13 de dezembro, cinco dias após o término do Brasileirão.

A sanção está relacionada à semifinal da Copa do Brasil, em 2 de outubro, quando o Flamengo venceu o Corinthians por 1 a 0 no Maracanã. Segundo o árbitro Wilton Pereira Sampaio, Braz, após o apito final, dirigiu ofensas à arbitragem na zona mista, sendo enquadrado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que trata de condutas contrárias à ética esportiva. Inicialmente, ele foi suspenso pela pena mínima de 15 dias, mas conseguiu um efeito suspensivo. O clube ainda recusou um acordo de transação penal que previa o pagamento de R$ 40 mil para substituir a punição, apostando em uma absolvição no julgamento final.

Na audiência virtual desta quinta-feira, o advogado Michel Assef Filho defendeu Braz, pedindo compreensão dos auditores para permitir que o dirigente encerrasse sua trajetória de seis anos no clube. O pedido não foi aceito, e o STJD manteve a punição por unanimidade (7 votos a 0). Sem possibilidade de recurso, Braz está impedido de exercer suas funções no Flamengo até o término da suspensão, incluindo assinar contratos ou acessar áreas restritas, como gramado e vestiário.

Quando a suspensão terminar, o Flamengo já terá passado por eleições para definir o sucessor de Rodolfo Landim na presidência. Braz, por sua vez, se colocou à disposição para auxiliar na transição com o próximo dirigente, independentemente de quem vencer a disputa entre Luiz Eduardo Baptista (Bap), Maurício Gomes de Mattos e Rodrigo Dunshee.