Na próxima terça-feira, dia 2, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) dará um passo crucial no caso do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. O jogador busca anular uma investigação que o tornou réu por suposta manipulação de apostas, em um episódio que levanta sérias questões sobre a integridade do esporte. A decisão do tribunal ocorre após um ministro ter negado o pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do atleta.
Recurso e alegações da defesa
O recurso que será analisado pelo STJ é um agravo regimental, que visa levar ao colegiado a contestação do habeas corpus negado anteriormente. A defesa de Bruno Henrique argumenta que a Justiça do Distrito Federal não teria competência para julgar o caso, solicitando a anulação de todos os atos processuais relacionados à investigação.
Em junho, Bruno Henrique e seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, foram denunciados pelo Ministério Público do Distrito Federal. A acusação gira em torno da alegação de que o jogador teria tomado um cartão amarelo de forma proposital em uma partida contra o Santos, em 2023, com o intuito de beneficiar apostadores e gerar lucros indevidos. O MP também solicitou que Bruno Henrique fosse denunciado por estelionato, mas essa acusação foi inicialmente rejeitada pela Justiça.
Dados e desdobramentos da acusação
Os promotores reforçaram a denúncia com dados de empresas de apostas que alegam ter sido prejudicadas pela ação do jogador. Agora, a corte deve decidir se aceita a denúncia de estelionato, um desdobramento que pode complicar ainda mais a situação de Bruno Henrique.
O atacante nega qualquer envolvimento na suposta manipulação do cartão amarelo. Conversas entre ele e seu irmão foram utilizadas como base para a denúncia do MP. Um dos suspeitos envolvidos no caso já fez um acordo com o Ministério Público, confessando sua participação, pagando uma multa e cumprindo serviços comunitários.
Julgamento no STJD: consequências à vista
Além do processo criminal, Bruno Henrique enfrentará um julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Inicialmente previsto para agosto, o julgamento foi adiado devido ao elevado número de processos em andamento e agora está agendado para o dia 4 de setembro. O atacante pode enfrentar uma punição de até dois anos de suspensão e uma multa, o que poderia impactar significativamente sua carreira e a equipe do Flamengo.
A situação de Bruno Henrique é um lembrete da importância da ética no esporte e da vigilância necessária para preservar a integridade das competições. O desfecho desse caso poderá ter repercussões não apenas para o jogador, mas para o futebol brasileiro como um todo.