O alívio momentâneo com mais uma vitória no finzinho deu lugar à preocupação no Flamengo para os próximos compromissos. A atuação contra o Vitória em um 2 a 1 na conta do chá reflete o momento instável da equipe no Brasileiro. Das 11 partidas que venceu, oito foram por apenas um gol de diferença, sete delas pelo mesmo placar, 2 a 1.
Ou seja, além de uma produção ofensiva abaixo da média neste momento, o Flamengo também tem se mostrado vulnerável defensivamente - ao fim do primeiro turno resta apenas o jogo atrasado contra o Internacional. Foram 27 gols marcados e 10 sofridos pela equipe de Tite nas 11 vitórias.
O líder Botafogo, por exemplo, levou apenas quatro nos 12 jogos que venceu, embora nove deles também tenham sido com um gol de diferença, totalizando 22 marcados. O Palmeiras, outro concorrente rubro-negro, balançou a rede 25 vezes, e foi vazado também com quatro gols, mas teve apenas três vitórias pelo placar mínimo.
No Corinthians, onde teve seus trabalhos mais consistentes no Brasil, Tite também se notabilizou pelas vitórias magras. Em mais de 350 partidas, de 2004 a 2005, 2010 a 2013, e 2015 a 2016, teve mais de 50% das vitórias por um gol de diferença.
Somadas as variáveis e tendo elas comparadas a rivais pela liderança, fica claro que o Flamengo de Tite sofreu uma queda de rendimento, coletiva e individual, a partir do recorte citado. O artilheiro Pedro, que tem segurado o ataque e marcou nas últimas três partidas, contra o Vitória passou em branco e saiu mais cedo. Carlinhos fez o gol com passe de Gabi em Salvador.
Além desse gol, o Flamengo marcou para vencer ou empatar depois dos 40 minutos do segundo tempo em seis de 18 confrontos no Brasileiro. Sem os gols marcados no fim, o atual vice-líder estaria com 26 pontos e na oitava colocação, atrás de Palmeiras, Fortaleza, Cruzeiro, São Paulo, Bahia e Athletico. O próximo jogo é domingo, contra o Atlético-GO.