Só ídolos de Atléticos se salvam de fiasco do esporte nas urnas

Ganhar um cargo político pelo histórico no esporte não foi uma boa estratégia nas eleições municipais de 2016, com exceção de dois ídolos do Atlético-MG.

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O pleito para a Prefeitura de Belo Horizonte foi um raro caso de sucesso de esportistas. Foram para o segundo turno o ex-goleiro João Leite, estrela do grande time atleticano dos anos 70 e 80, e Alexandre Kalil, o cartola que comandou o clube na sua maior conquista: a Libertadores de 2013.

Em Curitiba, o outro grande Atlético do país também viu um ídolo ser eleito. Paulo Rink conseguiu uma vaga de vereador com 5.607 votos.

De resto, quem propagandeou seus feitos no esporte para seduzir os eleitores de seu mal. No Rio de Janeiro, Roberto Dinamite, um dos maiores ídolos da história do Vasco, mas que fracassou como presidente do clube, teve apenas 2.518 votos e ficou longe da eleição para vereador.

Também na cidade, Andrade, campeão brasileiro pelo Flamengo como técnico e jogador, teve seu nome escolhido por 6.978 eleitores e também ficou fora do legislativo.

Em São Paulo, ídolos dos três grandes clubes da cidade também não tiveram sucesso. Marcelinho Carioca mais uma vez não conseguiu se eleger vereador. Ele teve 12.602 votos.

Ademir da Guia, para muitos o maior jogador da história do Palmeiras, já foi vereador, mas desta vez colheu apenas 3.166 votos e ficou fora. Pior fez o ex-goleiro Waldir Peres, que brilhou no São Paulo nas décadas de 70 e 80. Ele teve somente 1.341 votos.

Jogadores menos famosos também foram candidatos na eleição da maior cidade do país e não tiveram sucesso: Tonhão, zagueiro raçudo e de pouca técnica do Palmeiras na época de ouro da Parmalat, foi o escolhido por apenas 1.168 eleitores. Em Tupã, no interior paulista, Tupãzinho, herói corintiano no primeio títuo do brasileiro do clube, em 1990, teve 357 votos e também ficou fora.

Quem quase entrou, mas acabou de fora, foi um cartola corintiano que chegou a ser preso recentemente por posse ilegal de arma. André Luiz Oliveira, o André Negão, teve 20.481 votos, número insuficiente para se eleger vereador.

Em Porto Alegre, o ex-volante Dinho, um dos símbolos do Grêmio vitorioso de Felipão, falhou na tentativa de se eleger vereador, com 2.280 votos.

Atletas de outros esportes fora o futebol também fracassaram. No Rio, Gergette Vidor recebeu pouco menos de 8 mil votos e não foi eleita vereadora. Em São Luís, a ala Iziane, do basquete, não chegou a 600 votos e também ficou de fora.

Na Praia Grande, no litoral paulista, Rodrigão, destaque por anos da seleção masculina de vôlei, teve 1.313 votos e não conseguiu a vaga de vereador.

Fonte: Espn