Sem Pedro, Flamengo mantém poderio ofensivo e tem gols distribuídos entre 16 jogadores

Mesmo com a lesão de Pedro, que rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo há mais de cinco meses, a regularidade do setor ofensivo evidenciou a qualidade do grupo, o que se reflete na distribuição dos gols marcados. À medida que o coletivo se mostra acima do individual, Wallace Yan e Carlinhos são os artilheiros do Flamengo na competição. O primeiro tem apenas 20 anos e sequer fez dez jogos como profissional, enquanto o segundo foi emprestado ao Vitória nesta temporada. A equipe titular estreou na quinta rodada, contra o Volta Redonda, no dia 25 de janeiro.

Apesar de terem balançado as redes menos vezes no Carioca, atacantes mais badalados, como Bruno Henrique, Luiz Araújo, Gonzalo Plata, Michael e Everton Cebolinha, seguiram com o mesmo grau de importância na dinâmica de revezamento do ataque rubro-negro. Além de seis jogadores à altura dos poderes técnico e financeiro do clube, a chegada de Juninho, que estava no Qarabag, do Azerbaijão, preencheu uma lacuna na posição de centroavante, em meio ao afastamento médico de Pedro e à saída de Gabigol para o Cruzeiro.

— Qualidade, ambição e talento primeiro. É o melhor elenco da América. Esse é o primeiro. Parece fácil, mas quando as coisas parecem fáceis é porque tem muito trabalho por trás. Nós trabalhamos muito para poder estar nesse momento de forma — afirmou Filipe Luís, após a conquista da Taça Guanabara, no último fim de semana.

Não é a primeira vez que o treinador do Flamengo rasga elogios ao nível dos atletas que tem em mãos. Logo no início desta temporada, Filipe Luís admitiu a famosa “dor de cabeça boa” para conseguir definir um time titular:

— Como vou falar de time reserva ou alternativo com Arrascaeta, Juninho, Luiz Araújo e Everton Cebolinha? Serve para eles se desenvolverem e me deixarem com dor de cabeça.

Em comparação aos rivais do Rio de Janeiro, Vasco e Fluminense dividem o segundo melhor ataque do Estadual, com 13 gols, ao lado do Volta Redonda e do Sampaio Corrêa. O cruz-maltino soma 16 bolas na rede no ano, com os três gols sobre o União Rondonópolis pela Copa do Brasil, distribuídos por oito jogadores diferentes. Já o tricolor “encorpou” as estatísticas com os 8 a 0 sobre o Águia de Marabá. Agora, tem 21 gols divididos por 11 atletas.

Já o Botafogo, que terminou em nono lugar na fase classificatória do Carioca e ficou até mesmo fora da Taça Rio, precisou de sete jogadores para fazer 11 gols na competição.