Sem intimação, Flamengo mantém programação normal de Gabigol e planeja relacioná-lo para viagem

Gabigol voltou a ser o assunto principal do Flamengo nesta semana, desta vez pela anulação do processo no CAS por falha na intimação à União Federal (o fato faz com que o julgamento precise ser reiniciado e, com isso, o efeito suspensivo obtido anteriormente perde sua validade). A decisão foi tomada em reunião na última-terça-feira, e as partes tomaram ciência extraoficialmente. Porém, até o momento não houve notificação oficial.

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A União pediu o reinício do processo com a alegação de que não foi devidamente notificada e, por isso, não indicou um árbitro para o julgamento — os outros são indicados por Gabigol e pelo CAS. O governo brasileiro é parte do caso porque o exame antidoping surpresa que causou o processo foi realizado pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), órgão vinculado ao Ministério do Esporte, assim como o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), que suspendeu o atleta.

Em 25 de março, o atacante do Flamengo pegou dois anos de suspensão por tentativa de fraude em exame antidoping, em julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD). Por previsão do regulamento antidopagem, a pena começou a valer em 8 de abril de 2023, quando foi realizada a coleta de exames no CT, ainda que o jogador estivesse em atividade no último ano.

Pouco mais de um mês depois da suspensão, em 30 de abril, a defesa do atleta conseguiu o efeito suspensivo no CAS. O julgamento presencial do jogador, na Suíça, foi adiado em junho por um pedido da União Federal, que é parte do processo e alegou que não foi devidamente notificada e, por isso, não indicou um árbitro para o julgamento. O órgão federal solicitou o adiamento do julgamento, e o CAS acatou.

Agora, para dar continuidade ao caso, o CAS anulou o processo como um todo e, consequentemente, o efeito suspensivo perderá a validade quando as partes forem comunicadas. A defesa aguarda a notificação para dar entrada no pedido.

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