"Minha cultura não é essa [de poupar]. Descansar? Isso não existe. Vamos descansar nos dias que temos. Quinta, sexta, sábado. Domingo é para correr". A declaração de Jorge Jesus foi feita antes do clássico do Fla-Flu pelo Campeonato Brasileiro e poucos dias antes do confronto contra o Grêmio pela semifinal da Libertadores. Além do aspecto tático, esta conduta deve ser reconhecida como outra lição valiosa trazido pelo técnico português. Com a bagunça imutável do calendário brasileiro, os times mistos viraram regra em boa parte do Brasileirão, até nas rodadas iniciais, quando esbarra com as fases mais avançadas da milionária Copa do Brasil. Esta estratégia, inclusive, foi adotada pelo Grêmio nos últimos anos, mas atenuada pelas boas campanhas do time na Libertadores. Mas é frustrante ver um dos principais times do País abdicar justamente do campeonato nacional mais importante. Sim, é verdade que o Grêmio - e outros tantos que abraçaram a prática - não tem a mesma fartura de elenco em relação ao Flamengo, por exemplo, mas a sensação é de desperdício. Jesus colheu em campo o sucesso de sua decisão, o que aumentou ainda mais a identificação com jogadores e torcida. Sem menosprezar nenhum torneio, o treinador é o maior responsável por resgatar a mentalidade vencedora do Flamengo.
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Trabalho de Jesus provoca reflexão no futebol brasileiro (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)