Seleção de base, faixa no braço e taças na conta: conheça Noga, zagueiro do Flamengo no Carioca

Gabriel Noga Flamengo Ninho do Urubu — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

Gabriel Noga Flamengo Ninho do Urubu — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

"Um sonho que vou realizar". Assim Gabriel Noga, de 17 anos, encara a oportunidade entre os profissionais do Flamengo na Taça Guanabara, enquanto os jogadores do elenco principal gozam de férias após um longo 2019.

Mas se a trajetória "como gente grande" está apenas no primeiro capítulo, a história na base do clube tem páginas vitoriosas e relevantes.

O GloboEsporte.com conversou com a promessa rubro-negra no Ninho do Urubu. Entre os assuntos, o início da carreira, ainda no interior do Rio de Janeiro, o estilo de jogo e as principais conquistas.

INÍCIO NO VASCO

Flamenguista de coração, Gabriel Noga deu os primeiros passos em Volta Redonda. Ao longo dos anos, a ideia de crescer jogando futebol teve sempre o apoio dos pais Moacir e Rosileire. Mas o primeiro clube na capital foi, justamente, o maior rival.

- Eu comecei em Volta Redonda com 4 anos, numa escolinha. Um dia o Vasco foi lá, gostou de mim e acabei vindo para o Rio. Foram dois anos no Vasco, até que o Flamengo me convidou. Não tinha como não vir. Sou flamenguista, não tinha jeito (risos). Cheguei aqui no clube com 10 anos - lembrou o jogador.

ZAGUEIRO CONVICTO

Se para muitos garotos o sonho do futebol está diretamente ligado aos gols marcados, Noga teve mentalidade diferente. Desde pequeno a principal característica era a marcação.

- No futsal eu já jogava atrás, mas tinha um chute forte e fazia os meus gols (risos). Mas meu negócio mesmo sempre foi jogar ali atrás. Era bom no desarme, assim fui crescendo, me adaptando aos poucos. Agora estou bem - afirmou.
Noga e o sorriso solto: garoto vive sonho no Flamengo em 2020 — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

Noga e o sorriso solto: garoto vive sonho no Flamengo em 2020 — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

Com 1,83m, o jogador não se destaca pela altura entre os concorrentes da posição. Daí duas das maiores referências serem do mesmo estilo: Rodrigo Caio e Marquinhos (PSG). Mas as características, desde cedo, ajudaram Gabriel a suprir os centímetros a menos.

- Eu gosto de sair com a bola, a altura eu compenso com a movimentação para poder encurtar, ganhar campo, chegar antes do atacante. Mais velocidade. A gente tenta sempre ter uma estratégia para solucionar os problemas contra os atacantes mais chatos. Tem que estar na frente, não pode dar espaço. Tem hora que tem que dar uma também (risos). Não pode deixar ele à vontade.

PERFIL DE LIDERANÇA

A braçadeira de capitão faz parte da rotina de Gabriel Noga. Foi assim no sub-15 e, recentemente, na categoria sub-17. E junto com a liderança vieram os títulos. Foram vários ao longo do caminho - estaduais e nacionais -, mas um em especial: o Brasileirão sub-17, em agosto do ano passado, contra o Corinthians.

A grande virada no jogo de ida, em São Paulo, num 4 a 3 eletrizante, e a confirmação do título em Cariacica, em partida de destaque de Lázaro, não saem da cabeça do zagueiro.

- A gente entrou desligado no primeiro jogo. No intervalo, o Leal (treinador) ajustou a gente, entramos de outra forma, conseguimos virar. No outro jogo foi só controlar a vantagem e levar o título. Eu era capitão, foi o título mais importante para mim - destacou.

Gabriel Noga Luiz Henrique Flamengo — Foto: Reprodução/Instagram

Gabriel Noga Luiz Henrique Flamengo — Foto: Reprodução/Instagram

MUNDIAL COM A SELEÇÃO

O ano de 2019 ainda reservava algo grande para Noga. Em outubro, após ser incorporado ao grupo sub-20 do Flamengo, o zagueiro foi convocado por Guilherme Dalla Déa para a disputa do Mundial sub-17 na vaga de Paulo Eduardo, do Cruzeiro, cortado por lesão. Com mais um título no currículo, o garoto mantém os pés no chão e pensa no Flamengo assim como na amarelinha.

- Tenho sempre o pé no chão, sou muito focado no que eu quero. Seleção é um bônus pelo que a gente faz dentro do clube. Sou super tranquilo, quero fazer história lá assim como quero fazer aqui no Flamengo.

Cafu Henri taça Mundial Sub-17 Brasil seleção brasileira — Foto: Buda Mendes/Fifa via Getty Images

Cafu Henri taça Mundial Sub-17 Brasil seleção brasileira — Foto: Buda Mendes/Fifa via Getty Images

A ESTREIA PERFEITA

Antes do fim da resenha de pouco mais de 15 minutos, um exercício de imaginação.

Qual seria a estreia perfeita no profissional, Noga?

- Meu sonho já é estrear no profissional do Flamengo, conseguir fazer minha história aqui. Mas a minha estreia perfeita seria um clássico... Flamengo e Vasco está bom? Sem tomar gol, se fizer um, ótimo (risos) - finalizou o garoto.

Tome nota: Flamengo e Vasco se enfrentam no dia 22 de janeiro, às 21h (de Brasília), em partida válida pela 2ª rodada do Grupo B da Taça Guanabara.

Fonte: Globo Esporte