Saúl vai ser o 18º europeu a jogar pelo Flamengo; veja quais fizeram sucesso ou não deixaram saudade

Primeiro reforço do Flamengo na janela do segundo semestre, Saúl vai ser apresentado oficialmente pelo Flamengo nesta sexta-feira, após o seu primeiro treino com o elenco no Ninho do Urubu. O meia espanhol, que estava no Sevilla mas pertencia ao Atlético de Madrid, ambos da Espanha, será o 18º europeu a vestir a camisa rubro-negra na história, segundo dados do site "Flaestatística", especializado na história rubro-negra. Veja abaixo todos e quais foram bem ou mal.

Saúl Ñíguez no primeiro dia no CT do Flamengo — Foto: Gilvan de Souza/Flamengo

O primeiro europeu a jogar no Flamengo foi pouco depois do surgimento do futebol no clube, em 1912. No ano seguinte, o italiano Del Nero reforçou a equipe, mas disputou apenas duas partidas e não fez nenhum gol. O segundo se destacou mais, apesar de também ter jogado pouco. Entre o final de 1915 e o início de 1916, o atacante inglês Welfare marcou sete gols em cinco jogos durante uma excursão rubro-negra pelo Pará. Naquele time havia ainda um outro inglês, o meia Cuthbert , que entrou em campo só seis vezes.

O primeiro europeu a ser campeão no Flamengo demorou e só aconteceu com o zagueiro português Carlos Alves . Ele defendeu o clube no início do profissionalismo no futebol brasileiro, entre 1933 e 1938. Ao todo, foram 130 partidas e dois títulos, o Torneio Extra de 1934, que era classificatório para o Rio-São Paulo, e o Torneio Aberto de 1936, que permitia a participação de clubes amadores e profissionais de outras cidades e até de outros estados.

Dori Kürschner e Fritz Engel — Foto: Reprodução

Aquele time de 1934 também tinha o meia espanhol Ruiz , mas ele disputou só dois amistosos pelo clube. Já a equipe de 1936 contou com o primeiro goleador europeu: o meia-atacante alemão Fritz Engel . Ele participou de praticamente toda a campanha da conquista do Torneio Aberto e jogou no Flamengo até 1938, marcando 22 gols em 74 partidas. Além disso, foi o responsável por indicar o técnico húngaro Izidor "Dori" Kürschner, com quem trabalhou na Europa e é considerado um nome que revolucionou o futebol brasileiro com a introdução do sistema tático "WM" (3-2-5).

A equipe de 1937 chegou a ter sete estrangeiros entre os 11 titulares, a maioria de argentinos, mas com um goleiro europeu: o espanhol Talladas . Porém, ele não teve vida longa no clube e disputou só 18 jogos antes de sair ao final daquele ano. Outro goleiro desembarcou na Gávea em 1950: o tcheco Peter Timko , mas ele atuou menos ainda: apenas duas partidas. Antes dele, na década de 40, o meia italiano Miceli também teve uma curta passagem pelo Flamengo, entrando em campo 15 vezes entre 1946 e 1947.

Em 1961, ou seja, 64 anos de Saúl, um primeiro jogador nascido na Espanha fez sucesso no Flamengo: o atacante José Ufarte , mais conhecido pelo apelido "Espanhol". Ele já tinha se mudado para o Rio de Janeiro com a família quando jovem e foi aprovado nas seletivas na Gávea. Jogando no ataque ao lado de Dida, o famoso ídolo de Zico, disputou 106 partidas e marcou 15 gols entre 1961 e 1964. Participou de dois jogos da campanha do título do Rio-São Paulo de 1961 e foi peça-chave na conquista do Carioca de 1963, quando foi o grande garçom do atacante Aírton Beleza.

Espanhol do Flamengo na Revista do Esporte de dezembro de 1962 — Foto: Reprodução / Revista do Esporte

Aquele time de 63 também tinha o meia sueco Ahlbergh , mas ele não fez parte da campanha do título carioca. Disputou apenas um jogo com a camisa rubro-negra, que foi um amistoso contra o Toulouse na França. Outro sueco pintou no Flamengo naquela década, mas também com uma passagem relâmpago: o atacante Rimbo entrou em campo só duas vezes entre 1966 e 1967, sendo um amistoso em Belo Horizonte e um jogo da Taça Rivadávia Correia Meyer no Rio.

Entre os dois suecos, passou pela Gávea um português, o lateral-esquerdo Rui . Só que foi mais uma rápida passagem, com só quatro partidas em 1965. Pouco depois, chegou ao Flamengo o atacante húngaro Florian Albert , que também não se firmou e disputou apenas dois jogos em 1967. Após as últimas experiências frustradas com europeus, o clube demorou a voltar a apostar no continente.

Apresentação de Piekarski no Flamengo com cadela Aninha — Foto: Agência O Globo

O Flamengo levou 30 anos para voltar a ter um jogador europeu em seu elenco. No segundo semestre de 1997, a aposta foi no atacante polonês Piekarski , que estava no Athletico-PR. Na Gávea, ele disputou só 13 jogos em cinco meses e não fez nenhum gol. Mas ficou marcado por levar aos treinos sua cadela Aninha, uma poodle de pelo negro que certa vez colocou Romário para correr.

Mas foi na virada do século que um europeu teve o maior protagonismo na história do clube. No ano 2000, um sérvio chegava à Gávea após se destacar pelo Vitória. E no Flamengo, Petkovic se tornou um dos grandes ídolos rubro-negros. Na primeira passagem, até 2002, o meia disputou 121 jogos, marcou 43 gols e conquistou três títulos: os Cariocas de 2000 e 2001 e a Copa dos Campeões de 2001, que classificava o campeão para a Libertadores.

A primeira passagem também eternizou um gol na memória de todos os rubro-negros que acompanharam o Carioca de 2001. Na final contra o Vasco, Pet marcou um golaço de falta aos 43 do segundo tempo que garantiu o título (veja no vídeo acima) . A segunda passagem foi mais curta, com 77 partidas e 14 gols entre 2009 e 2011, mas não menos emocionante. O sérvio voltava ao Flamengo como parte de um acordo para o clube quitar uma dívida com o jogador. E ele virou um dos personagens da arrancada para ser campeão brasileiro de 2009.

Depois de Pet, o Flamengo só voltou a ter um europeu no segundo semestre de 2019. E o último antes de Saúl também foi um espanhol: com a indicação do técnico português Jorge Jesus, o clube foi buscar o zagueiro Pablo Marí no Deportivo La Coruña, então na Segunda Divisão da Espanha. Foi uma passagem curta, mas muito intensa. Ele chegou sob enorme desconfiança e superou as expectativas, virando titular absoluto no time que fez história naquele ano. Com a camisa rubro-negra, fez 30 jogos, marcou três gols e conquistou o Brasileirão e a Libertadores naquela temporada.

Pablo Marí em ação pelo Flamengo em 2019 — Foto: Jorge R Jorge/BP Filmes

Após Pablo Marí, outros dois jogadores com passaportes europeus passaram pelo Flamengo, mas não entraram no ranking: Andreas Pereira e Jorginho. O primeiro, que vestiu a camisa rubro-negra entre 2021 e 2022, nasceu na Bélgica, mas é filho de brasileiros e se naturalizou para defender a Seleção. Enquanto o segundo, que foi contratado em junho e faz parte do atual elenco, nasceu no Brasil, apesar de ter se naturalizado italiano e defendido o país.

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Fonte: Globo Esporte
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