Após virar o ano com só R$ 3 milhões na conta, o Flamengo tem o fluxo de caixa como grande ponto de atenção da gestão Bap enquanto as grandes receitas da temporada ainda não caem na conta. As saídas de Gabigol e David Luiz já significaram um impacto importante na folha salarial, e a venda de Fabrício Bruno para o Cruzeiro por 7 milhões de euros à vista (cerca de R$ 44 milhões) foi um alívio aos cofres.
Agora, outro respiro financeiro virá de uma revenda: ex- Flamengo , Igor Jesus foi negociado na última segunda-feira pelo Estrela da Amadora, de Portugal, para o Los Angeles FC, dos Estados Unidos, por 4 milhões de euros (R$ 25 milhões). O Rubro-Negro, que é dono de 50% dos direitos econômicos do jovem de 21 anos, tem direito a metade do valor. Mas pode render mais.
O Flamengo vendeu o volante em agosto do ano passado por 2 milhões de euros (R$ 12,5 milhões) , porém, o Estrela da Amadora não pagou até hoje pela transação. Como a revenda foi pelo dobro do valor, o Rubro-Negro calcula ter direito a praticamente o montante integral da operação: 2 milhões de euros da dívida e mais 2 milhões de euros da atual transferência.
Mas então por que o verbo usado foi "pode" e não "deve" sobre o respiro no fluxo de caixa? Porque o Estrela da Amadora provavelmente também vai querer ter algum lucro com a operação e postergar o pagamento da dívida. O clube português, que durante a negociação bateu o pé para trocar a moeda de dólar para euro para ganhar na cotação, vai receber o pagamento parcelado.
O Flamengo terá que negociar o fluxo da dívida com os portugueses. E o valor a que tem direito só não será integral porque ainda tem o mecanismo de solidariedade da Fifa aos clubes formadores, totalizando até 5%. Pela regra da Fifa, o Rubro-Negro tem cerca de 1,7% da operação, ou seja, R$ 425 mil (o restante é dividido entre Goiás, Desportivo Real e o próprio Estrela da Amadora).
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