Rossi se destaca no Flamengo e segue invicto no Carioca antes da decisão contra o Vasco

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Rossi tem sido uma peça fundamental para o Flamengo na busca por uma vaga na final do Campeonato Carioca. Após a vitória por 1 a 0 sobre o Vasco no jogo de ida, o Rubro-Negro chega para a partida decisiva no próximo sábado, no Maracanã, com a vantagem de poder até perder por um gol de diferença para avançar. No entanto, se depender do goleiro argentino, a defesa seguirá sólida e sem ser vazada, como tem sido em toda a competição estadual.

- Sempre vão escutar que a defesa começa no ataque. Ano passado tivemos a melhor defesa do Carioca. Esse ano com o time principal também não sofremos gols. O primeiro defensor é o atacante. A ideia do Filipe mostra isso. Que sejamos agressivos, que tentemos pressionar, ficar rápido com a posse de bola para gerar perigo. É de todo mundo isso. Estou no gol, tenho de atuar no momento que a bola chega em mim, mas primeiro está o time todo na frente. É um trabalho grupal que fazemos bem e temos de continuar nesse caminho - destacou o goleiro em entrevista nesta quinta.

- Eu sei que em algum momento vou tomar gol. Outro dia defendi uma bola, e o Léo tirou em cima da linha. Contra o Vasco o Léo Pereira tirou em cima da linha. São situações do jogo. É bom saber que se eu não estou, alguém da defesa está. Eles confiam também e sabem que estou ali para dar segurança. Não tenho que me preparar muito, porque o goleiro sabe que pode tomar gol a qualquer momento. Tenho que estar pronto e continuar, porque a próxima bola vai vir e vou precisar defender - acrescentou.

Desde sua chegada ao clube, Rossi tem demonstrado segurança e consistência na meta rubro-negra. Os números comprovam seu bom momento: em 85 partidas pelo Flamengo, incluindo amistosos de pré-temporada, ele saiu de campo sem sofrer gols em 42 oportunidades, conforme levantamento do Gato Mestre do ge. Isso significa que o arqueiro conseguiu manter a defesa intacta em praticamente metade dos jogos que disputou.

Durante a entrevista coletiva, Rossi também fez questão de elogiar os companheiros que foram convocados para a Seleção Brasileira. O Flamengo teve quatro jogadores chamados por Dorival Júnior nesta quinta-feira: Léo Ortiz, Danilo, Wesley e Gerson. Além deles, outros estrangeiros do elenco rubro-negro representarão suas seleções na próxima Data FIFA. O goleiro argentino, por sua vez, segue na expectativa de uma oportunidade com a equipe comandada por Lionel Scaloni.

- Quando cheguei aqui sabia que vinha para uma seleção. É muito importante para eles a convocação e também para cada jogador do Flamengo ter a oportunidade de entrar em uma seleção. Parabenizo eles por isso. Wesley que é a primeira. Estamos em um grande momento de grupo e dá para ver que as peças estão indo bem. É importante não só para eles, mas para todos aqui saberem que é só fazer o correto que a oportunidade vai chegar. Muito feliz por eles - afirmou o goleiro.

- Não falei com ninguém (da seleção argentina), mas pelo momento do time e de cada peça eleva o nível de todo mundo. Se faço bem as coisas aqui, em algum momento chega a possibilidade de eu ser convocado também. É continuar trabalhando e demonstrando que quero seguir evoluindo e fazer meu trabalho bem feito no Flamengo para estar pronto quando a chance chegar - completou ele.

Outras respostas de Rossi:

Jogo de volta contra o Vasco

- A gente trata cada jogo como uma final. Obviamente que é uma fase definitiva a semifinal. Temos uma vantagem grande com o gol e a possibilidade de perder por um gol. Clássico é clássico, como se viu no outro dia. Deve ser jogado daquela forma, com energia e atitude de sempre tentar ganhar. Ninguém gosta de perder clássico, vamos para cima e tentar vencer. A gente se prepara para fazer o melhor e depois comemorar a classificação para a final.

- A gente se preocupa com o nosso trabalho, em fazer nosso melhor e sabemos que será um jogo difícil. Clássico é um jogo quente, mas temos que ter a cabeça fria, porque pode ter pancada demais e ficar com jogador a menos. Para um jogo tão importante, decisivo, temos que estar prontos fisica e mentalmente para fazer um grande jogo.

Participação do goleiro no modelo de jogo do Filipe

- No mundo inteiro estão utilizando mais o goleiro, entrei nesse modelo com o Filipe, o mais importante é todo mundo entender e querer o que ele quer e tentar no campo. Se a gente rompe a pressão do rival, a gente fica com mais jogadores no ataque do que eles na defesa, e estamos indo bem nesse aspecto. Mas cada jogo é diferente, cada time pressiona de um jeito, mas ele e sua comissão se dedicam muito para nos dar soluções no jogo. Minha fase, passe curto, passe longo... Depende do jogo e dos espaços que o adversário dá, mas o Filipe nos dá soluções para cada jogo.

- Nesse último jogo a grama sintética fez diferença. No segundo tempo entrei mais no jogo, achamos a melhor maneira para romper a pressão. O Filipe falou no intervalo e a gente conseguiu. Também pelo cansaço do Vasco, a gente ficou mais tempo com a bola. É nosso estilo. Ajudar o time na construção e na defesa, porque a gente trabalha a semana toda nos preparando para cada situação que pode acontecer.

Como se prepara para jogos diferentes? Tem jogo que é muito acionado e jogo que não é acionado...

- Ano passado contra o Juventude acho que fiz oito ou nove defesas. Depois teve jogo que não fiz defesa. A gente trabalha para atuar no momento que a bola chegar. Você pode entrar no jogo, mas muitas vezes não entra ou entra mal. Como goleiro de um time grande, a gente tenta sofrer o menos possível. Tem jogos que a gente entra muito e jogos que não entramos. Cada jogo é diferente. Temos que nos preparar para todas as possibilidades e fazer bem.

Flamengo não perde há 21 jogos. Qual o diferencial?

- O Filipe é doido. É bom que ele tente transmitir isso para todos nós, porque teremos jogos que não jogaremos bem, que vamos sofrer, que não conseguiremos fazer gol, mas é importante não perder. Se a gente faz tudo para ganhar e não consegue e acaba perdendo no fim fica a frustração, a sensação de fracasso. Ele sempre mostra que temos que jogar para vencer e vai chegar um momento que os outros times vão saber que será difícil nos vencer. Jogamos no maior time do Brasil, no maior time do mundo, e não podemos nos conformar quando empatar e tentar vencer sempre.

O que fazer para melhorar?

- Não sou eu que tenho que falar se temos que melhorar. A gente fica olhando os vídeos, a comissão trabalha muito para estar em cima de cada detalhe e cada ponto que precisamos melhorar. A gente ganha de 3, 4, 5 a 0 e o Filipe sempre está buscando detalhes que a gente precisa evoluir para o próximo jogo.

Mundial de Clubes

- Falta Muito. O ano acabou de começar, vencemos a Supercopa e estamos disputando a semifinal do Carioca. Ainda nem começou o Brasileiro, Libertadores... Teremos muitos jogos até o Mundial e cada jogo será um teste diferente. A gente tem que se preparar da melhor maneira e evoluir para ficar cada vez mais difícil para o adversário. Nosso trabalho está indo por um caminho bom.

Presente de Fillol

- A camisa do Fillol está em casa, daqui a pouco vou montar um quadrinho para botar na parede. É uma visita muito importante não só para mim, mas pela história do Flamengo, compartilhamos muito com ele no CT. Ele contou que o nome do CT era o presidente dele. Falamos muito da história do Flamengo e de conselhos para a carreira.

Semana sem jogos e Data Fifa

- É importante para recuperar jogadores para o começo do Brasileiro e da Libertadores. A gente tentar recuperar as peças importantes do elenco, estamos esperando a recuperação do Pedro. É fazer aquela "mini pré-temporada" para seguir da melhor maneira. Antes da Data Fifa temos semifinal e as finais e temos que dar atenção a esse primeiro jogo. Depois seguiremos trabalhando e ajustando detalhes para o começo do Brasileiro. É sempre importante começar vencendo.

Fonte: S1Live