Apesar de uma saída inexplicável em que forçou uma bola em Bruno Henrique de costas e quase levou um gol, o goleiro Rossi terminou o jogo brigando pela vitória, indo jogar na linha do meio campo e arriscando-se na área adversária. Não deu certo, o Flamengo ficou no zero e acabou eliminado da Libertadores pelo Peñarol no Campeón del Siglo.
Em entrevista coletiva concedida ao lado de Tite, o goleiro foi perguntado se poderia prometer algum título aos rubro-negros. Respondeu que não, mas também negou-se até mesmo a jogar a toalha no Brasileiro, competição em que o Flamengo está 11 pontos atrás do líder, Botafogo, e tem só 1% de chances matemáticas de ser campeão . Para sustentar seu argumento diante de difícil missão, ele citou a inesperada derrocada alvinegra no ano passado:
- Temos os objetivos muito claros, porque o Flamengo sempre tem que ganhar e é assim. Agora, a gente está fora, mas o ano não acabou ainda. Faltam mais de 10 jogos no Brasileiro. O Botafogo tem uma diferença muito grande, mas ano passado tinha também. Agora é concentrar no jogo do domingo. Daqui a três dias já estamos em campo de novo, temos que mudar a cabeça para o jogo contra o Athletico-PR. E depois tem a semifinal da Copa do Brasil, que é muito importante, já que estamos só a dois jogos da final. Então tem que continuar trabalhando no dia a dia. A Libertadores já passou, mas ficam duas competições para a gente competir.
O camisa 1 agradeceu à torcida do Flamengo pelo apoio dado tanto no Rio de Janeiro quanto no Uruguai e argumentou que a conversa poderia ter sido outra caso o time tivesse sido mais efetivo no Maracanã. Além disso, ele lamentou as perdas de Pedro e outros titulares importantes.
- Para o torcedor, só agradecer, primeiro pelo apoio que deram no Maracanã no primeiro jogo. A gente tomou gol cedo, aos 13 do primeiro tempo. Depois, tivemos um domínio muito grande nos dois jogos. Hoje a gente fica com essa sensação amarga, de que não conseguiu fazer um gol para levar para os pênaltis. A gente teve até uma possibilidade, mas tem que ser autocrítico e saber que na decisão final erramos um pouco.
- Perdemos o Pedro, o Cebola, o Viña, o Luiz, que são jogadores muito importantes para nós. E isso também fica na cabeça do jogador. Porque quando um jogador vê que um companheiro machuca, e machuca mal como aconteceu, a gente também fica com medo de ficar fora da temporada.
Você pode prometer algum título à torcida nesse fim de 2024, ainda mais depois de um 2023 muito frustrante também?
- Prometer é difícil no futebol. São 90 minutos que podem acontecer qualquer coisa. No Maracanã e aqui a gente criou, se tivesse feito o gol e saído com a classificação não estaríamos falando a mesma coisa que estamos falando agora. Dá para ficar amargurado, mas prometer que a gente vai brigar (por título) não dá para prometer. Temos obrigação de ir para frente, de competir no Brasileiro e Copa do Brasil e chegar o mais à frente possível.
O Flamengo vai priorizar uma competição?
- Quando você pergunta se a gente vai priorizar competições, não dá: somos o Flamengo e não dá para fazer isso de priorizar só uma competição no ano. A gente tem muito jogo no Brasileirão pela frente e se conseguir ganhar, sabe que os que estão lá em cima podem perder pontos. O Botafogo continua na Libertadores, o Palmeiras não, mas a gente acredita muito. Priorizar não dá, a gente tem que ganhar e sempre vai procurar isso.
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