Rossi ganhou moral junto aos rubro-negros por sua postura. Se é possível conseguir um empate improvável ou uma vitória que está longe, ele incentiva o time a subir. Com o objetivo cumprido, vibra como poucos. E sozinho. Pula, grita e acena para a torcida. Talvez bebendo desse respeito conquistado, fez uma crítica às vaias ao jovem Lorran no fim do primeiro tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro.
Embora complete um ano de Flamengo exatamente nesta segunda-feira, o argentino se sente à vontade para exercer o papel de líder não somente em relação ao grupo, mas também na comunicação com os torcedores. Perguntado se o time estava pronto para encarar a maratona sem os atletas convocados para a Copa América, o camisa 1 trocou o assunto e pediu que a torcida pegasse leve com o jovem.
- A gente sabia que o grupo estava pronto. Que ia perder jogadores pela Copa América tanto pelo Uruguai, quanto pelo Chile, como também poderíamos perder para a seleção do Brasil. O grupo fez um grande trabalho para se preparar para esse momento aqui. Mas quero falar uma coisa: acho que não é necessário vaiar um jogador nesse momento em que a gente está fazendo um grande esforço. Ainda mais um jogador como o Lorran, que tem só 17 anos, está ajudando muito a gente e foi muito importante na sequência. Tem que apoiar. O torcedor tem que saber que o jogo tem 100 minutos, temos 100 minutos para ganhar.
Em entrevista coletiva, Tite e seu auxiliar César Sampaio já haviam pedido um desconto ao camisa 19. Ainda abordando os desfalques, Rossi sorriu ao tentar falar em português, idioma ao qual vem se adaptando rapidamente, que cada um dos atletas havia "aportado um grano de arena" para a vitória.
- A verdade é que é uma vitória muito importante para a gente. A gente conseguiu ganhar um jogo muito importante em casa com a nossa torcida, também muito feliz por isso. Acho que nesse período da Copa América e da Data FIFA a gente perdeu muitos jogadores importantes, mas o grupo está mostrando a força que tem. Cada um está dando seu grão de areia para empurrar o grupo. E para fazer um grande trabalho, não dar muita vantagem nesse período em que a gente sofreu muito desfalques. Mas a gente vai fazendo um grande trabalho e sempre vai procurar o melhor para dar o melhor dentro do campo e procurar a vitória.
Na zona mista do Maracanã, Rossi ainda falou de bola parada, tabela do Brasileiro, adversários e identificação com o clube. Confira abaixo:
A bola parada fez o Flamengo perder contra o Juventude, mas hoje decidiu a favor do time. Qual sua leitura?
- A gente sabe que um jogo completo tem muitos momentos. A bola parada é muito importante, tanto a favor como contra. No jogo passado, sofremos dois gols dessa forma. Fizemos ajustes defensivos para não sofrer de novo. Fomos muito bem na bola parada defensiva e na ofensiva, fazendo o gol da vitória.
"Trinta e oito finais" e duelo com o Galo em BH
- A gente trata todos os jogos como finais e sabe que são 38 rodadas, são 38 finais. Então a gente sempre se vai preparar da melhor maneira para um jogo importante fora de casa. Eles são fortes em casa também, a gente vai preparar o jogo da melhor maneira. Daqui para frente vamos descansar para fazer o melhor e procurar o melhor resultado possível para seguir na liderança do Brasileirão.
Força mental para suportar perseguição de Palmeiras, Botafogo e Bahia
- Primeiro de tudo é que a gente só pensa no Flamengo . O que acontece em outros resultados, em outro campo, é coisa deles. A gente só pensa em Flamengo , sempre pensa em ganhar, e isso é o mais importante. Com respeito a sofrer um pouco na fase defensiva, são momentos do jogo que a gente tem que estar mentalmente forte para saber que vai sofrer. Vão ter momentos que vamos jogar, vão ter momentos que o jogo estará mais calmo, mas a gente sempre tem que estar concentrado para fazer nosso melhor.
Identificação com o clube, apesar da timidez
- A identificação com o clube eu acho que é muito boa. A verdade é que eu talvez não seja uma pessoa que demonstra muito, mas eu sempre quero ganhar. Cheguei aqui para ganhar, isso é o mais importante. A gente sabe que no Flamengo tem que ganhar. Então quando o time precisa da minha ajuda na bola aérea, na defesa ou no que seja necessário é importante estar aí para ajudar o time. Por isso eu sempre vou falar: é um trabalho de grupo, um trabalho de equipe que começa defendendo lá na frente e continua até atrás.
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