Rogério Ceni justifica vitória sofrida do Flamengo na altitude: "Todo mundo foi até seu limite"

Depois de mais uma vitória do Flamengo na Libertadores, a terceira consecutiva, Rogério Ceni falou com os jornalistas e analisou o 3 a 2 sobre a LDU em Quito , no Equador. O treinador rubro-negro explicou que a queda de rendimento da equipe, que chegou a sofrer o empate no segundo tempo, se deu principalmente pela altitude: "Todo mundo foi até o seu limite".

- O Flamengo ganhou aqui um amistoso se eu não me engano em Quito há quase 70 anos. Deve ter algum motivo para o time baixar a intensidade no segundo tempo. Jogar na altitude não é fácil. Eu lembro. O São Paulo veio aqui no ano passado e perdeu. O River Plate veio aqui na temporada passada e perdeu se eu não me engano. A LDU se eu não me engano estava invicta na temporada. E principalmente os mais jovens, o João, por exemplo, fez um primeiro tempo brilhante. Mas talvez não soube dosar a energia. Também por não ter a experiência de jogar na altitude - explicou o treinador rubro-negro.

"Mas sem dúvida nenhuma o que fez a gente baixar o jogo no segundo tempo foi que eu todo mundo foi ao seu limite. Se pudesse fazer oito, nove alterações, daria para ter feito porque o cansaço era geral pelo fato de se estar prejudicado de jogar a quase 3 mil metros de altura", completou.
Rogério Ceni em ação em Flamengo x LDU — Foto: Staff Images / CONMEBOL
1 de 1 Rogério Ceni em ação em Flamengo x LDU — Foto: Staff Images / CONMEBOL

Rogério Ceni em ação em Flamengo x LDU — Foto: Staff Images / CONMEBOL

Rogério Ceni tratou de tirar o foco do segundo tempo ruim para exaltar o trabalho do Flamengo, líder isolado do Grupo G da Libertadores, com nove pontos.

- Eu sou extremamente grato por trabalhar em um clube que oferece tantas condições. E principalmente trabalhar com jogadores tão especiais no dia a dia, que têm tanta capacidade técnica de resolver o jogo, que procura sempre o melhor para a equipe, que compram as ideias. Mesmo jogando na altitude, mesmo jogando fora de casa, poderíamos fazer uma equipe bem defensiva, e continuamos com a proposta de tentar ganhar jogos. O que não podemos controlar é um segundo tempo como o de hoje, que o cansaço nós sabíamos que bateria - disse o treinador.

- Eu acho que temos que ressaltar aqui o esforço máximo feito pelos atletas, pelo clube com fretamento para tentar chegar aqui nas melhores condições possíveis. E temos que comemorar coisas boas. Claro que sempre tem coisas para corrigir, mas temos que dar valor às coisas boas que acontecem no clube - acrescentou.

Ceni também demonstrou preocupação com o caso de Diego Alves, que saiu no intervalo graças a um desconforto muscular. Ele informou que o goleiro será reavaliado no Rio de Janeiro.

- Com relação ao Diego, nós conversamos no vestiário. Ele estava na dúvida (Se voltaria). Eu não posso dizer que é uma lesão, pode ser uma fibrose ou algo assim. Vamos analisar melhor no Rio de Janeiro - disse ele na coletiva.

Por fim, perguntado sobre o segundo jogo contra o Volta Redonda pela semifinal do Carioca, o técnico respondeu que agora é momento para descansar.

- Aqui a gente tenta vencer o próximo jogo. Independente de qual campeonato, independente contra quem seja. Agora eu não vou ter condições de falar do jogo de sábado no dia de hoje, acabando o jogo com todos os atletas que participaram exaustos. É preferível fazer uma avaliação a partir de quinta-feira, quando estivermos no Rio de Janeiro recuperando os jogadores. Sexta-feira começamos a montar a equipe que enfrenta o Volta Redonda no sábado - finalizou ele.

O Flamengo volta a campo no próximo sábado para fazer o jogo de volta da semifinal do Campeonato Carioca contra o Volta Redonda, no Maracanã. Pela Libertadores, o próximo compromisso é na terça da semana que vem contra o Unión La Calera, no Chile, às 21h30h (de Brasília).

Fonte: Globo Esporte