Rodrigo Caio deixa "zagueiro de condomínio" no passado e vibra: "Minha seleção é o Flamengo"

Antes de se transferir para o Flamengo, Rodrigo Caio passou por momentos de dificuldades no São Paulo, onde começou a carreira com 12 anos. Em 2016, chegou a ser chamado de "zagueiro de condomínio" por um funcionário do clube, e na reta final chegou a ser reserva. Agora, novamente em alta, ele encontrou no Rubro-Negro o lugar ideal para reviver seus os bons momentos que já lhe renderam convocações para seleção brasileira.

- Não me ofendo não. Aconteceu naquele momento. Fiquei meio tachado, mas não ligo. Essas coisas não me afetam. Eu foco em jogar futebol e ser feliz dentro de campo.

Autor do gol da vitória do Fla por 1 a 0 sobre o Corinthians, terça, no Maracanã, Rodrigo Caio foi convidado do "Seleção SporTV" desta quarta. A torcida rubro-negra está encantada com o zagueiro, e a recíproca é verdadeira. Ele está muito feliz com a repercussão de seu trabalho.

- Tenho sonhos, e hoje estou vivendo. Sempre sonhei jogar em um clube gigante como o Flamengo, sem desmerecer o São Paulo. Pude ver a realidade do Flamengo de dentro. Vestir essa camisa e ter a chance de ser campeão é um sonho. Esse é meu objetivo. Claro que penso em seleção, mas hoje minha seleção é o Flamengo. Se eu estiver bem, as oportunidades vão aparecer.

Em casa no Flamengo

- Tive um momento difícil em 2018, e o Flamengo abriu uma porta importante desde o primeiro contato. Isso me motivou muito, me deu alegria. Quando cheguei e joguei, senti uma energia positiva grande, me senti em casa, como se tivesse feito a carreira inteira do Flamengo. Encarei 2019 como um divisor de águas. Tudo que conquistei foi por mérito.

Parceria com Léo Duarte

- Sempre tive zagueiros mais experientes ao meu lado. Aqui foi assim, com o Rhodolfo. Mas gosto muito de jogar com o Léo Duarte, tem um potencial grande, é promissor. Estamos bem juntos. Nosso time é muito qualificado na frente, é bastante ofensivo. Ficamos muito expostos, mas conversamos, nos cobramos e protegemos um ao outro. Acho que estamos fazendo bem. Estamos melhorando. Levamos muitos gols por causa da forma ofensiva. Mas nos jogos decisivos nosso nível de atenção tem sido algo, e isso facilita. O Léo me ajuda muito também.

Interino Marcelo Salles

- Ele dá uns toques, sempre ouve os jogadores, deixa se expressarem, dizerem que acham. Isso é importante. Está nos ajudando bastante. Já estava ajudando na época do Abel, sempre esteve presente. Estamos felizes por ele, é um cara do bem.Conseguiu, junto com a nossa euqipe, fazer bons jogos.

Relação com o São Paulo

- Mágoa nunca. Pelo contrário, tenho gratidão. Cheguei com 12 anos e construí minha carreira. Com dificuldades, mas sempre com empenho, dedicação. Sempre dei o meu melhor para ajudar. Futebol é muito dinâmico, era importante seguir meu caminho. E o meu caminho está sendo maravilhoso.

Rodrigo Caio comemora seu gol contra o Corinthians — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

Rodrigo Caio comemora seu gol contra o Corinthians — Foto: André Durão/GloboEsporte.com

Personalidade marcante

- É algo que tenho desde moleque. Na vida temos que encarar de frente as dificuldades. Tive lesões graves desde a base, aprendi mais na dor do que na alegria. Amadureci rápido. Sabia que seria tudo sempre difícil, mas tirei para o lado bom. Por eu ser calado, muitas vezes fui mal interpretado. Mas sempre tive objetivos claros na vida.

Lesão e frustração de não ter ido para Copa

- Tinha chance para ir para Copa, acho que eu brigava com o Geromel. Mas a lesão três semanas antes me afastou. Fiquei com muitas dores no pé esquerdo. O time (São Paulo) teve uma subida naquele momento. Eu só queria ajudar. Infelizmente aconteceu uma opção do treinador. Quando vi que não teria espaço, pensei de sair para jogar em outro lugar. O Flamengo me deu uma segurança, um contrato de cinco anos. Posso mostrar o jogador que eu sou.

 — Foto: Divulgação

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Fonte: Globo Esporte
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