Rodízio de volta: Filipe Luís também não vai 'matar' atletas do Flamengo na Libertadores e no Brasileiro

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Ano após ano, o Flamengo se vê diante do debate raso sobre poupar ou não seus principais jogadores, e quando. O fim da invencibilidade da equipe com uma atuação ruim em derrota na Libertadores destravou mais uma vez o tema, mas internamente o clube tem um planejamento bem definido.

Se no Estadual o técnico Filipe Luís deixou claro que não "mataria" nenhum jogador, o mesmo raciocínio vale para a Libertadores e também para o Brasileirão. Com a diferença de uma inversão de prioridades, entre o torneio por pontos corridos e o sul-americano, nesta temporada.

Ainda que a competição nacional esteja no topo da lista da diretoria, no trabalho de dia a dia a lógica é uma só: joga quem estiver perto dos 100% na parte física. Ou seja, entre um jogo e outro, independentemente da competição, poderá haver atletas preservados pelo Flamengo.

O motivo é claro desde o começo do ano e também está pacificado entre comissão técnica e diretoria: para manter as atuações em alta intensidade, esse rodízio precisará existir. Filipe Luis fará as escolhas dentro das opções que a comissão técnica tiver de melhor no elenco.

Buracos no elenco

E aí entram as possíveis lacunas. Nomes como Gerson, Pulgar e os zagueiros Léo Ortiz e Léo Pereira não têm hoje substitutos à altura. Danilo, contratado para a zaga, ficou um mês machucado, o que sobrecarregou a defesa. Agora, deve voltar contra o Grêmio.

Por questões físicas, Arrascaeta e De la Cruz foram preservados desde o começo do ano, no Estadual. Com a alternância entre Libertadores e Brasileiros, passaram a ser mais acionados. O camisa 10 também não tem reposição de peso depois da saída de Alcaraz.

No ataque, há fartura de pontas, usados nas mais diferentes funções. No Estadual, Bruno Henrique jogou mais por dentro, mas agora não consegue desempenhar tão bem esse papel em jogos mais complicados. Juninho, contratado para ser reserva de Pedro, não deslanchou.

Entre um jogo e outro, Filipe Luis mantinha a intensidade do Flamengo com a alternância dos pontas. Plata, Michael, Cebolinha, Luis Araújo...Também houve queda física no setor ofensivo. Por isso, há o revezamento e o trabalho de controle de carga no dia a dia.

Cuidados redobrados

Ao menos dentro do que acontece no Ninho do Urubu, os cuidados necessários têm sido tomados para diminuir o número de lesões. Hoje, não há nenhum atleta no departamento médico. O Flamengo comemora ter o elenco inteiro à disposição para o rodízio entre Libertadores e Brasileiro.

Na primeira rodada do torneio da Conmebol, com viagem à Venezuela, quatro atletas ficaram no Rio depois da data Fifa - Plata, Gerson, Wesley e Arrascaeta. Houve os prejuízos com Gerson e Arrascaeta, lesionados, e um trabalho de recuperação e controle de carga. Com desafios já conhecidos pela frente, a tendência é que esses cuidados se intensifiquem.

Mesmo com a segunda rodada no Rio, o Flamengo deixou jogadores de fora outra vez - Wesley, Gerson e Pulgar. E no Brasileiro, contra o Grêmio, vai mandar novamente a campo o que tiver de melhor, com boas chances de preservar uma ou outra peça, para que no todo, siga podendo contar com o elenco quase completo.

Fonte: O Globo