Destaque do Flamengo no Campeonato Brasileiro de 2023, Erick Pulgar teve a carreira mudada após ser companheiro de um grande astro do futebol mundial. Entre 2019 e 2021, ele atuou ao lado do atacante Franck Ribéry na Fiorentina , da Itália.

Em entrevista ao ESPN.com.br , o volante rubro-negro revelou os ensinamentos mais importantes que aprendeu no convívio com o antigo craque do Bayern de Munique e da França .

"O que mais me impressionou, pela sua forma de jogar, foi o Franck Ribéry. Foi fundamental na minha posição porque me fez melhorar muito nos passes fortes. Ele gostava de receber passes assim. Quando não era muito rápido, ele não gostava. Queria que desse uma 'bomba', que ele controlava. Me acostumei a jogar assim até hoje", disse.

Pulgar conta que se impressionava com a habilidade do colega nos gramados.

"Dava muito gosto vê-lo jogar. Eu gostava de vê-lo driblar os adversários. O mais difícil de estar no seu lado nos treinos era tirar a bola dele (risos)".

De acordo com Pulgar, até mesmo o badalado centroavante Dusan Vlahovic, atualmente na Juventus, se beneficiou da convivência com o atacante francês.

"Quando o Franck chegou, ele soube melhorar em 50% a equipe e o Dusan também evoluiu com ele".

Começo como zagueiro

Zagueiro de origem, Pulgar começou a carreira em times de bairros e foi treinado pelo próprio pai antes de chegar ao Antofagasta-CHI, no qual estreou como profissional em 2012. O jogador mudou de posição somente após se transferir para a Universidad Católica-CHI, em 2015.

"O professor Mario Salas me colocou como volante e precisei evoluir. É uma posição parecida, mas precisava pensar mais", disse.

Aos 21 anos, ele foi para o futebol europeu, quando transferiu para o Bologna, da Itália. Logo que chegou ao clube italiano, o volante foi "adotado" pelo goleiro brasileiro Júnior Costa (ex-Santo André).

"Eu o chamava de pai. Ele me ajudou bastante quando cheguei e até hoje conversamos", confessou.

Em oito temporadas na Europa, Pulgar disse que Douglas Costa, que defendia a Juventus à época, foi o atacante mais complicado de marcar. "Meus amigos sempre me perguntam isso. Era muito rápido, explosivo e habilidoso".

Após sair da Fiorentina, Pulgar teve uma rápida passagem pelo Galatasaray antes de chegar ao Flamengo no meio do ano passado. Depois de viver alguns altos e baixos, o volante se firmou no clube da Gávea.

"A verdade é que o futebol brasileiro para mim é muito mais competitivo (do que o italiano). Não sei se é melhor, mas em termos de rendimento de partidas creio que tem uma sequência que na Europa não se vê muito. Jogamos a cada dois ou três dias".