Uma reunião marcada para esta terça-feira entre a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Caixa Econômica Federal pode representar o início de uma negociação para um acordo entre as partes e o Flamengo pelo valor que será pago pelo terreno do Gasômetro, onde o clube pretende construir seu novo estádio. O encontro terá a participação do prefeito Eduardo Paes e de Carlos Vieira, presidente do banco. Rodolfo Landim, presidente do rubro-negro, foi avisado do encontro, mas não estará presente.
Logo após a oficialização da decisão da prefeitura de desapropriar o terreno, que pertencia a um fundo de investimentos administrado pela Caixa, o banco começou a se movimentar nos bastidores para judicializar a questão na tentativa de aumentar o valor estabelecido pela prefeitura de indenização pela área de 88,3 mil m², conforme informou o blog de Lauro Jardim. O preço mínimo do leilão, marcado para o próximo dia 31 e que só deve ter a participação do Flamengo, será de R$ 138,5 milhões, enquanto o banco avalia que o terreno vale ao menos R$ 250 milhões.
No entanto, não é cogitado pelo prefeito Eduardo Paes voltar atrás na medida que tirou o terreno da posse do fundo de investimentos administrado pela Caixa, de acordo com fontes da prefeitura ouvidas pelo GLOBO, que dizem ainda que a reunião marcada para amanhã é a primeira em que o pedido do encontro partiu da direção do banco.
Paes assumiu posição nos bastidores de quem está disposto a ouvir o que será proposto pela Caixa, ainda que esteja descrente que o banco irá aceitar reduzir o valor exigido anteriormente, que beirava os R$ 400 milhões.
No meio de tudo isso, o Flamengo se prepara financeiramente para participar do leilão. Em entrevistas recentes, o presidente Rodolfo Landim afirmou que o clube possui dinheiro em caixa para pagar o valor exigido pela prefeitura à vista.