Renato Gaúcho no futebol carioca: frustrações e apenas um título

Pressionado no cargo, o técnico Renato Gaúcho terá sua situação resolvida pela diretoria do Flamengo nesta semana após o vice da Libertadores para o Palmeiras. Até o momento, o treinador está em sua nona passagem como treinador no futebol carioca e acumula frustrações, altos, baixos e apenas um título na cidade em que adotou para morar.

Seu início na carreira foi justamente no Rio de Janeiro, comandando o Madureira, em 1996. Por lá ficou por dois anos e ganhou experiência, algo que gerou muita gratidão ao Tricolor Suburbano por parte de Renato.

Seu trabalho seguinte, porém, só foi acontecer em 2002, no Fluminense. Deixou o cargo quase um ano depois, em julho de 2003. No entanto, poucos meses depois, entre outubro e dezembro daquele ano, teve nova passagem pelo clube carioca. Depois de sua saída do Tricolor, Renato ficou desempregado durante o ano de 2004.

Destaque no Vasco e auge no Flu

Renato Gaúcho foi campeão da Copa do Brasil e vice da Libertadores como técnico do Fluminense - Giuliano Gomes/Folha Imagem - Giuliano Gomes/Folha Imagem
Renato Gaúcho foi campeão da Copa do Brasil e vice da Libertadores como técnico do Fluminense
Imagem: Giuliano Gomes/Folha Imagem

Foi no Vasco , todavia, que o treinador ganhou pela primeira vez holofotes a nível nacional. Comandando um time no qual nunca havia atuado como jogador, ele foi vice-campeão da Copa do Brasil de 2006 e alcançou a sexta colocação do Campeonato Brasileiro. Então presidente do clube, Eurico Miranda "adotou" Renato e até o ensinou a fumar charuto, hábito que cultivou ao longo do tempo em ocasiões especiais.

Em 2007, Renato retornou ao Fluminense e atingiu seu ápice como técnico no futebol carioca, tendo sido campeão da Copa do Brasil e vice da Libertadores, no ano seguinte.

Rebaixado no Vasco

No fim daquela temporada, foi demitido do Tricolor e acertou sua volta ao Vasco, mas as coisas não deram certo dessa vez e o treinador foi rebaixado, na primeira das quatro quedas da história do Cruzmaltino.

Em 2009, Renato foi para sua terceira passagem como técnico do Fluminense, mas esta acabou sendo "relâmpago". Ele foi contratado no dia 20 de julho e demitido dia 1 de setembro.

Depois de trabalhos em Bahia, Athletico-PR e Grêmio , Renato voltou ao Fluminense em dezembro de 2013, mas não teve brilho novamente e ficou até abril de 2014.

Ápice no Grêmio o credencia ao Fla

No ano de 2016, retornou ao Grêmio onde viveu o ápice de sua carreira, tendo conquistado muitos títulos - entre eles a Libertadores de 2017 - e ficou até 2021, sendo considerado um dos principais técnicos do país, algo que o credenciou a substituir no Flamengo o demitido Rogério Ceni.

Renato chegou ao Rubro-Negro no dia 10 de julho e, até aqui, além do vice da Libertadores no último sábado (27), também foi eliminado para o Athletico-PR nas semifinais da Copa do Brasil.

Atualmente, tem somente o Campeonato Brasileiro ainda em andamento na temporada e com chances remotas de título, algo que o deixou extremamente pressionado pelos torcedores.

Terá sua situação definida nesta semana no Fla

Vice de futebol do Flamengo, Marcos Braz informou que decisões passarão a ser tomadas a partir de hoje.

"Em relação a técnico, chegamos agora. Tivemos um atraso de mais de três, quatro horas. Teve um problema na imigração, está todo mundo virado, mas não deixei de atender a imprensa com calma e tranquilidade. Na segunda-feira vamos começar a tocar a vida. Isso não quer dizer que não vai seguir. Temos uma programação para ser feita e, na segunda, a gente começa a decidir alguns pontos que a gente entenda que possa fazer de correção pra que se acabe a temporada", declarou Braz, negando que já tenha tomado alguma decisão:

"Não tem decisão, a gente está virado. O que eu posso contribuir para vocês é que o Renato tem contrato com o Flamengo até 31 de dezembro. Com calma, vamos tomar as decisões que precisam ser tomadas. Não era o que eu queria, não era o que o Flamengo queria. Peço desculpas à torcida, principalmente àqueles que se empenharam de ir para Montevidéu. Mas vida que segue, vamos tocar da maneira que tem de tocar aqui e vamos reverter esse quadro".

Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Fonte: Uol