O próximo desafio do Flamengo será a disputa da Copa do Mundo de Clubes e a meta é ter todos os jogadores em seu melhor nível físico no dia 16 de junho, para a partida contra o Espérance (Tunísia). Pedro é quem mais desperta olhares por ter a capacidade de ser artilheiro, mas ainda não conseguir se restabelecer em campo após retornar da grave lesão no joelho esquerdo. O tratamento realizado desde setembro do ano passado, quando o centroavante se machucou com a seleção brasileira, era para que estivesse 100% na estreia do torneio da Fifa.
Porém, como já repetiu algumas vezes Filipe Luís, o campo não vem "falando". O principal ponto é que Pedro ainda não está plenamente recuperado, ainda mais considerando o estilo de jogo do treinador, exigente por pressão constante e movimentações em linha alta. Bruno Henrique e Michael, mesmo inferiores tecnicamente, são preferidos.
Os gols que eram usualmente marcados por ele estão sendo transferidos para Arrascaeta, em seu início de temporada mais produtivo com a camisa do Flamengo — é artilheiro do Brasileirão, com nove bolas na rede. O camisa 10 aparece cada vez mais pisando na área como atacante, enquanto Pedro não retoma a posição.
Ao mesmo tempo, o centroavante vem sendo "encostado" em uma montagem de setor ofensivo que tem sido um dos engasgos do trabalho de Filipe, sobretudo em partidas contra equipes mais defensivas. E sempre que o meio-campo esteve livre de lesões, Gerson foi escolhido para ocupar a ponta-direita por conta da função tática, o que sacrifica um lugar.
Ao longo das últimas partidas, as ausências de Erick Pulgar, De La Cruz e Allan forçaram Gerson a recuar. A lacuna foi ocupada por Luiz Araújo, que pede passagem — na goleada por 5 a 0 sobre o Fortaleza, o camisa 7 marcou dois gols — e pode provocar uma mudança tática. Se ele ganhar uma vaga e o Coringa voltar em definitivo para disputar sua posição de origem, Pedro pode se beneficiar.
E a dupla?
Filipe Luís considera a possibilidade de deixar Pedro e Arrascaeta jogarem juntos, como aconteceu bastante na temporada de 2022, quando o rubro-negro venceu a Libertadores e a Copa do Brasil. A condição é o aspecto físico:
— Eles podem jogar juntos, jogaram em 2022. Fomos campeões juntos, com o Gabi(gol). Temos que ver como o Arrasca está correndo, na melhor forma que vi nos últimos cinco ou seis anos. E o Pedro precisa chegar nessa forma, quando ele chegar no seu 100% vai dar o que a equipe precisa. Precisamos que esteja no mesmo nível físico dos companheiros — disse o treinador em maio.
Jogos em que Pedro e Arrascaeta atuaram juntos:
Até agora, em 2025, os dois compartilharam o campo em oito partidas e 338 minutos. No começo de maio, Pedro chegou a emendar três partidas como titulares — Corinthians, Cruzeiro (Brasileirão) e Central Córdoba (Libertadores) —, mas isso não se repetiu desde então.