Recordista no Fla, Everton Ribeiro diz que conquistou mais do que esperava

Everton Ribeiro é um dos rostos da geração que se provou como uma das mais vitoriosas do Flamengo . Entre os atletas mais longevos do elenco, o meia desde 2017 vem escrevendo sua história no clube e, nesta quarta, viverá mais um capítulo especial: deixará Adílio para trás e se tornará o terceiro nome com mais jogos pelo clube na Copa Libertadores . O confronto será contra o Olímpia, em Assunção, no Paraguai.

Em entrevista ao LANCE!, o camisa 7 exaltou mais essa marca expressiva pelo Flamengo, relembrando o que projetava alcançar ao ser contratado pelo clube.

"Eu imaginava ter uma passagem vitoriosa. Vim nesse ímpeto de ganhar, mas tudo que a gente ganhou, além das marcas que venho batendo, isso é surreal. Fico muito feliz vendo meu nome do lado ali de Adílio, do Júnior... Ser o terceiro jogador com mais jogos na Libertadores , num clube como o Flamengo, é sensacional. Fico feliz demais. Espero seguir atingindo mais metas dessas e títulos, claro", afirmou o jogador.

Everton Ribeiro conversou com o LANCE! em momento que voltou a atuar mais perto da área. Já sob o comando de Renato Gaúcho que o camisa 7 marcou seu primeiro gol na temporada de 2021, o que já era motivo de cobrança por parte dele mesmo. Se o meia viveu altos e baixos nos últimos meses junto à equipe, a presença na Copa América e a possibilidade de disputar a Copa do Mundo pela seleção brasileira foram e são razões para Everton seguir dando o máximo pelo Flamengo.

"Eu levo essa situação com tranquilidade (conciliar expectativa pelo Mundial e trabalho do dia a dia no Ninho do Urubu), pois eu sei que o mais importante é eu estar focado aqui no Flamengo. O meu pensamento é totalmente aqui, para poder fazer o meu melhor e ser convocado. Tudo passa pelo que eu fizer no dia a dia. Eu procuro estar sempre me cuidando e fazendo o meu melhor nos treinamentos, principalmente nos jogos, para ajudar o Flamengo", afirmou.

Às 19h15, no Estádio Manuel Ferreira, em Assunção, Everton Ribeiro será titular e chegará aos 34 jogos pelo Flamengo na Libertadores. A partir disso, o meia passa a "mirar" em Léo Moura, com 36 atuações. Mais distante está Júnior, recordista isolado com com 48 partidas na competição com a camisa rubro-negra.

Entre os atuais jogadores do Flamengo, Everton Ribeiro também é o que soma mais assistências pelo clube. São 40 passes para gols - fato que a torcida quer ver se repetir neste confronto pelas quartas de final da Copa. A volta será no dia 18, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, com a presença de torcedores.

Confira a entrevista na íntegra:

Você quebrou o jejum e conseguiu fazer o seu primeiro gol pelo Flamengo na temporada há duas rodadas. Já vinha recebendo uma pilha do elenco?
No elenco não tinha muito, não, mas eu pessoalmente estava me cobrando muito. Eu gosto de estar fazendo gol, de estar ajudando assim. É o melhor momento. E esse ano demorou a sair, saiu primeiro na Seleção do que aqui, mas foi no momento certo, com um belo gol. Espero poder ajudar cada vez mais com gols, assistências e dribles.

Nesse gol contra o Corinthians, você nem titubeou. O bom gramado da Neo Química Arena fez a diferença para arriscar aquele chute?
Já no aquecimento, eu tinha dado dois chutes parecidos com aquele. Cheguei até a brincar com o Gabriel Batista: "Esse é meu chute". Mas realmente o campo ajuda muito, é rápido e não tem muita irregularidade, então é mais fácil ter precisão. Na hora que o Arão roubou, só dominei um pouquinho e já arrisquei, podendo fazer aquele belo gol.

O Flamengo, hoje, está forte nas três frentes (Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores). Como você vê a projeção de títulos para 2021?
A gente sabe que é muito difícil manter forte nas três competições, mas o nosso elenco é muito focado no que precisa, e forte. Estamos vivendo um grande momento, e eu vejo bastante espaço para crescimento ainda. Estamos confiantes em chegar para brigar nas três frentes, com os pés no chão, lógico. É preciso fazer tudo correto para levantar as taças no fim do ano.

Qual é a sua opinião sobre a volta da torcida nos estádios? Acredita que já seja o momento?
A torcida é o ar do futebol. Faz muita diferença ter a torcida. Espero que, conforme esteja melhorando a pandemia, quanto mais a gente se vacinar, acredito que teremos torcida mais rapidamente nos estádios. Que possamos a ter logo do nosso lado esse ano.

A gente viu recentemente o desabafo do Michael a respeito das condições psicológicas. Você acredita ser necessária a presença de um profissional da área no dia a dia do clube?
Sabemos que a parte mental tem que ser muito forte, principalmente em esportes de alto rendimento. Isso é mais com a diretoria, sobre ver se é necessário ou não, mas eu tenho a minha psicóloga por fora, pois acredito que sempre é bom estar cuidando da cabeça, tanto quanto do corpo, para mandar bem dentro das quatro linhas.

O título não veio, mas você esteve no grupo que recentemente disputou a Copa América. Como foi essa experiência para você?
Usar a camisa da Seleção é uma honra, né. Desde pequeno, vejo grandes jogadores, referências para mim, usando a Amarelinha, e poder chegar e disputar mais uma competição é uma honra. Aprendi muito, como sempre que vou lá. Tem grandes jogadores, então acabamos aprendendo com a mentalidade, o próprio campo. Foi um aprendizado muito grande nesse período de Seleção.

Fonte: Uol