Sem jogar desde março, quando
sofreu uma ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito
, justamente numa partida contra seu atual clube, pelo Final Four da Liga das Américas, Ricardo Fischer está contando os minutos para poder entrar em quadra novamente. Quase 100%, o armador sabe que o momento está perto. Porém, reconhece que é preciso ter muita calma para não queimar etapas. Sem esconder que a ansiedade vem testando sua paciência desde que chegou ao Rio de Janeiro, o principal reforço do time de basquete do Flamengo para a temporada 2016/2017,
apresentado na terça-feira, no ginásio Hélio Maurício, na Gávea
, deixou em aberto a data de sua estreia com a camisa rubro-negra, mas não descarta que ela aconteça diante do Vasco, no clássico marcado para o dia 3 de outubro, no Tijuca, pela última rodada do primeiro turno do Campeonato Estadual.
- Ainda
não tem uma previsão certa, mas para o jogo contra o Vasco devo estar quase
à disposição. Não é certeza, tudo vai depender de como eu vou estar, da
minha confiança, mas é por aí, no começo de outubro eu devo estar
estreando pelo Flamengo - afirmou o novo camisa 5 rubro-negro.
Sem dores no joelho operado e com a confiança lá em cima, Ricardo Fischer vem participando quase que normalmente dos treinos com os novos companheiros. Sozinho, ele já consegue realizar todos os movimentos que fazia antes da lesão, mas quando José Neto comanda um trabalho de cinco contra cinco, o armador reconhece que a vontade de participar é tão grande que ele é praticamente "expulso" pela comissão técnica.
- Pelo planejamento devo começar a treinar
com todo mundo normalmente quando eles voltarem do Ceará, acho que dia 28 de setembro. Não sinto
mais dor, não sinto mais nada, estou confiante, já faço de tudo na
academia e na quadra, menos contato. Mas estou muito bem e ansioso demais. Eu estou fazendo tudo, mas eles quase precisam me arrancar da quadra quando começa o trabalho de cinco
contra cinco (risos). Está chegando o momento, e todo atleta perto de voltar a jogar sabe que a ansiedade só aumenta, mas tem que ter
calma. A comissão técnica sabe disso, eles estão me segurando, sabem o
que fazem e eu estou respeitando esse tempo. Também não quero voltar
antes e correr o risco de voltar a sentir alguma coisa lá na frente,
quero voltar na hora certa - disse Fischer.
Enquanto a estreia não chega, o ex-jogador do Bauru vem aproveitado as horas de folga para conhecer e se adaptar à sua nova casa. Além de ter escolhido o Leblon para morar, o armador tem contado com uma ajudinha extra de um antigo morador e um recém-chegado à Cidade Maravilhosa. Se dentro do clube é o capitão Marcelinho quem anda com Fischer para cima e para baixo, na ruas do bairro vizinho à Gávea é um mineiro seu guia inseparável e o responsável por lhe dar algumas dicas importantes.
- Cheguei há três semanas
aqui e estou me adaptando bem. Estou morando aqui perto, que era uma
coisa que eu queria, posso vir treinar a pé e tenho tudo que quero
próximo. Ainda nem tirei o carro da
garagem, às vezes venho de bike. É uma cidade muito boa e que sempre gostei, tem a
praia e uma qualidade de vida excelente. Estou adorando, não tenho do que reclamar. A estrutura do Flamengo é muito
boa, já conhecia muitos jogadores de jogar contra e eles estão sendo muito
legais comigo. Tem o (Rafael) Mineiro, que é um irmãozão, e o Marcelinho, um
cara que sempre quis jogar junto, um ícone no Brasil, dono de uma liderança impressionante e que está
abrindo as portas para mim - destacou Fischer.
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Se aquele friozinho na barriga antes de qualquer estreia tem sido grande apesar de toda sua experiência, a expectativa de ajudar o Flamengo a se manter no topo é ainda maior. Mesmo sem muitas contratações de peso e um elenco mais enxuto comparado ao das duas últimas temporadas, Fischer esbanja otimismo e aposta numa temporada vitoriosa.
- O time do
Flamengo vem sempre forte. O próprio Marcelinho falou algumas
vezes que quem vem para cá tem que ter um caráter de vencedor. Quem não quer aceitar essa responsabilidade, nem vem. Todo mundo sabe que
ganhar é difícil, mas se manter no topo é ainda mais difícil. A cobrança virá, mas é uma cobrança boa, de vitórias, mas são times
diferentes. Ano passado tinham mais jogadores, mais rotação, esse time com certeza tem menos opções. Mas acho que a qualidade é a mesma, ou
até melhor. A expectativa é muito boa, nós começamos mais tarde a
preparação, mas está muito boa, com tudo dentro do previsto, a molecada
que está vindo também é boa e tenho certeza que vamos brigar por
títulos em todas competições.