Qual o time titular do Flamengo de Filipe Luís? Veja opinião de comentaristas

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O planejamento do Flamengo em 2025 estendeu a pré-temporada para o Campeonato Carioca, e Filipe Luís aproveitou para rodar bastante o elenco durante a Taça Guanabara. Nas sete rodadas que disputou desde que voltou com o grupo principal da preparação nos Estados Unidos, ele utilizou 28 jogadores, o que dá quase três times diferentes.

Os dados não levam em consideração as quatro primeiras rodadas, que foram disputadas com um time formado majoritariamente por jovens da base sob o comando do técnico Cléber dos Santos. Filipe Luís assumiu na quinta rodada, contra o Volta Redonda, e soma seis vitórias e um empate. Curiosamente, o treinador ainda não repetiu a escalação no estadual.

Filipe Luís e Danilo aplaudem a torcida após a vitória do Flamengo — Foto: Gilvan de Souza & Paula Reis / CRF

São sete escalações diferentes e 28 jogadores utilizados, entre titulares e reservas (veja na lista abaixo) . Quem mais entrou em campo foi o Allan, que participou de todos os jogos. Arrascaeta, Cebolinha e Luiz Araújo aparecem logo na sequência, com seis.

Da base, Filipe Luís até relacionou alguns, mas utilizou apenas cinco: Shola, Pablo Lúcio, Guilherme, João Victor e Wallace Yan. Destes, apenas o zagueiro recebeu chance como titular e atuou ao lado de Cleiton quando o time reserva venceu o Sampaio Corrêa.

Atletas utilizados por Filipe Luís no Carioca

ATLETAS JOGOS
Allan 7
Arrascaeta 6
Cebolinha 6
Luiz Araújo 6
Léo Ortiz 5
Pulgar 5
Bruno Henrique 5
Juninho 5
Varela 5
Evertton Araújo 5
Wesley 4
Léo Pereira 4
Gerson 4
Plata 4
Michael 4
Ayrton Lucas 4
Matheus Gonçalves 4
Danilo 4
Wallace Yan 3
Alex Sandro 2
De la Cruz 2
João Victor 2
Cleiton 2
Daniel Sales 2
Guilherme Gomes 2
Alcaraz 1
Pablo Lúcio 1
Shola 1

Com o fim da Taça Guanabara, o Flamengo encerra a "pré-temporada" e deve ter força máxima na fase final do Carioca. Mas já há um time titular definido? Ou ainda há vagas em aberto? O ge ouviu três comentaristas do Grupo Globo sobre o assunto .

Não tem (time titular). E talvez não venha a ter. Acho que como qualquer time vai chegar ao longo da temporada uma formação que a gente consiga acertar oito, nove jogadores. Mas acho muito possível que o trabalho dele nos conduza a ter sempre lacunas. Eu acho que o trabalho é estratégico em cima do adversário. Vou dar dois exemplos.

Na segunda posição do meio, ele enxerga o Allan, De la Cruz e Gerson com características diferentes. O Gerson dá um pouco mais de pausa na construção. O De la Cruz conduz bola e dá passe vertical, ele apressa mais o jogo. Ainda tem o Evertton Araújo que dá uma segurança para jogar com os laterais mais soltos. Eu acho que isso muda. E o outro exemplo é o lado direito do ataque. Muitas vezes é o Gerson, mas o bom rendimento do Plata, vindo da direita para dentro, está permitindo que o Filipe pense em usar o Gerson como o segundo homem de meio. Vai ter jogos que ele vai querer ter o Gerson mais atrás ou não, por exemplo.

Eu não descarto que ele vá alterando jogo a jogo. Sem falar na zaga. Hoje eu tenho a sensação que a opção 1 é Danilo e Léo Ortiz, pela qualidade técnica na saída de bola. Mas nada impede que tenha jogos que ele ache que vai precisar defender mais e queira ter o Léo Pereira. Essa é outra possibilidade. Não tenho nenhuma dúvida de que o Danilo e Ortiz são um nível acima.

Gol de Gerson em Flamengo x Maricá — Foto: André Durão

Não tem um time titular. E não vai ter. É difícil falar que é uma característica do Filipe Luís porque ele é um treinador de poucos jogos como treinador profissional. Mas uma coisa que eu interpreto é que ele não tem time titular base, ele tem um grupo de jogadores que vai se revezando. Isso não é atrelado a parte física dos jogadores, está atrelado a estratégia dos adversários. É isso que ele fala e que a gente vê na prática. Eu acho que a torcida tem que se adaptar a isso.

Não vai ter time titular do um ao 11. Eu penso que esse time não vai ter isso. É muita variação do meio para frente. Gerson faz duas, três funções diferentes. Plata e Bruno Henrique jogam por dentro e por fora. Tem Cebolinha, Luiz Araújo... Não tem time titular, mas tem um grupo de uns 16 jogadores que se revezam na equipe e que são escalados de acordo com o momento deles e principalmente com a estratégia para enfrentar o adversário.

Se precisar de um atacante que brigue com os zagueiros, o Juninho vai jogar. Se precisar de um ponta pela direita que seja mais meia e circule para dentro, o Gerson vai jogar. Se precisar que seja mais agudo, tem o Plata e o Luiz Araújo... E por aí vai.

Alex Sandro comemora gol com De la Cruz em Flamengo x Corinthians — Foto: André Durão

Sim, o Flamengo tem um time titular. Mas o que fez o Filipe Luís em rodar o elenco, mantendo quase sempre uma base, é o que tem que fazer no estadual. Filipe conseguiu gerir e observar muitos jogadores desse elenco. Wallace Yan, Matheus Gonçalves e Evertton Araújo são alguns que conseguiram manter o prestígio com o técnico.

Na minha opinião, a posição que está em aberta é a lateral esquerda - assim que estiver com Alex Sandro e Ayrton Lucas disponíveis - e uma vaga na zaga para fazer dupla com Léo Ortiz. Danilo e Léo Pereira acredito que se revezarão com frequência até por conta do controle de carga, já que esses três zagueiros são os “únicos” da posição. Podendo assim até jogar Léo Pereira e Danilo.

Em relação ao grupo, eu acho que o Flamengo precisa de mais um zagueiro. Gosto do João Victor e do Iago, mas eles precisam de mais rodagem antes de serem reservas imediatos de fato. O ano será bem longo para o Flamengo e seria bom ampliar o leque para a posição.

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Fonte: Globo Esporte