PSV e Lyon indicam concorrência, e Flamengo dá brecha em novela por Andreas Pereira

O Flamengo ainda é o dono da banca. Basta executar o combinado com o Manchester United para ficar em definitivo com Andreas Pereira. Mas a proximidade da janela de verão na Europa cria concorrência pelo jogador, que não está confortável com as poucas oportunidades sob o comando de Paulo Sousa. PSV e Lyon fizeram contatos para entender em qual estágio está a negociação.

Flamengo e United têm acerto para compra de 75% dos direitos econômicos do meio-campista por 10 milhões de euros (R$ 52,4 mi na cotação atual), mas os cariocas aguardam o desfecho do processo do Banco Central para concluir a transação. Rodolfo Landim já avisou diretamente a Andreas que o clube não desistirá do acordado, mas a perda de espaço na equipe titular e o assédio europeu pesam na balança.

Assinar o contrato de cinco anos com o Flamengo segue sendo prioridade para Andreas, que, por outro lado, sente necessidade de um plano de carreira. A percepção diante da situação de momento é a de que falta convicção do clube, através do seu treinador, sobre a importância do meio-campista para a equipe.

Andreas Pereira em treino do Flamengo no dia 8 de fevereiro — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo
1 de 2 Andreas Pereira em treino do Flamengo no dia 8 de fevereiro — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

Andreas Pereira em treino do Flamengo no dia 8 de fevereiro — Foto: Marcelo Cortes/Flamengo

Desde a virada do ano, Andreas participou de apenas sete partidas e foi substituído em três. A perda de espaço é perceptível e, antes de sacá-lo do time titular, Paulo Sousa já havia determinado que o volante não seria mais o responsável pelas bolas paradas do time, missão que ficou com Arrascaeta. No dia a dia, o treinador faz cobranças ao jogador para que seja mais incisivo com a bola nos pés e mude o posicionamento do corpo para que potencialize suas principal qualidade: a batida na bola.

Ao mesmo tempo em que não foi utilizado nas últimas duas partidas, Andreas recebeu contatos de PSV, clube no qual fez as categorias de base, conforme revelado pela ESPN, e Lyon, da França. As conversas foram no sentido de entender se o acordo de vínculo definitivo com o Flamengo seria irreversível, e tanto holandeses quanto franceses deixaram claro que cobrir os valores de compra e salário não seria problema.

A condição de reserva no Flamengo faz com que pessoas próximas do jogador batam na tecla de que faz mais sentido ser reserva em busca de oportunidades no United, até pela proximidade do fim do contrato, em meados de 2023. Andreas, por sua vez, ainda aguarda os meses que ainda tem de empréstimo para um diagnóstico mais preciso de sua realidade no Rubro-Negro.

Após não utilizar o jogador contra o Fluminense, Paulo Sousa explicou sua opção de maneira genérica:

- Existe concorrência. O Thiago (Maia) também, infelizmente, teve um período que não pôde treinar que o condicionou a nível físico, condicional. E esta concorrência é importante porque são posições de grande desgaste, posições de ligação, posição que precisa ter muito trabalho sem bola, sobretudo para fechar linhas de passe nas costas da nossa primeira linha de pressão, em que muitas das vezes essa linha de pressão nem sempre funciona, seja por uma questão estratégica de falta de compreensão neste momento ou falta de alguma intensidade, porque sempre que pressionamos e somos ultrapassados, temos que continuar a pressionar.

Prestes a completar dois meses do acerto com o United e a três meses do fim do contrato de empréstimo, o Flamengo reafirma o desejo de compra, mas não define a situação. Se o risco de melar o negócio depende de concorrentes que seduzam os ingleses, agora eles existem.

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Fonte: Globo Esporte