A Primeira Liga realizou assembleia nesta quarta-feira em hotel na Zona Sul do Rio e decidiu questões importantes para a competição em 2017. Nesta quinta, o presidente da Liga, Gilvan Tavares, entregará um documento à CBF com a definição do torneio em sete datas, entre janeiro e fevereiro. Também foram escolhidos o novo vice-presidente e o novo CEO, ou diretor-executivo, cargo que vinha sendo ocupado de forma interina por Fred Luz, diretor geral do Flamengo. O diretor-executivo será outro rubro-negro, o vice de marketing do clube da Gávea, José Sabino, e o vice-presidente será o novo presidente do Avaí, Francisco José Battistotti.
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De acordo com o diretor jurídico da Liga, Eduardo Carlezzo, a ideia é entrar no calendário oficial da CBF e ainda pleitear uma premiação para o título do torneio, como vaga para uma competição continental. Em 2017, a Liga deverá ter 16 clubes, sendo os 15 já membros e um convidado. O formato seria com quatro jogos na primeira fase, um jogo de quartas de final, um de semifinal e a decisão também em jogo único. Em tese, o aumento do torneio tiraria duas datas dos estaduais. Existe, contudo, uma discussão em torno do equilíbrio do número de representantes por estado.
- Essa é a linha (sete datas com 16 clubes). Nossa preocupação não foi já definir isso, mas sim discutir o possível formato. Temos esse conceito armado, mas não definido. As sete datas já nos foi garantida, isso tudo está escrito e documentado.
Em 2016, 12 clubes disputaram o torneio. Dos 15 membros, apenas Joinville, Paraná e Chapecoense não estiveram na primeira edição. Desde a criação da Liga, alguns clubes já manifestaram interesse em integrar o grupo, como o Goiás. No entanto, mesmo com a ampliação para o ano que vem, a participação de todos ainda não está garantida. O presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno, reforçou que as vagas devem ser distribuídas sem muitas distorções entre os estados.
- Hoje temos três vagas para Minas, duas para Rio Grande do Sul, duas do Rio, três do Paraná e três de Santa Catarina. Queremos fazer uma maneira justa. Se temos 16 vagas, que se tenha mais vagas proporcionais aos estados. Então é evidente que isso vai passar pelo Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro - avaliou o dirigente mineiro.
Inclusão no calendário oficial da CBF
Apesar do clima de otimismo da maioria dos dirigentes, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, não confirmou a inclusão do torneio no calendário oficial da CBF. Pelo contrário. O dirigente rubro-negro disse que a tendência era que a competição fosse realizada novamente em caráter amistoso, como em 2016. O
- Não teremos problemas quanto a férias e pré-temporada. Se começar em janeiro, vai até o final de fevereiro. Como provavelmente a competição ainda vai se dar em caráter amistoso, não prejudica em nada. Não vejo problema nenhum em fazer a competição em caráter amistoso. Não tira nenhum caráter de qualidade da competição - declarou Bandeira.
O discurso, entretanto, contrasta com o que os demais dirigentes e o próprio diretor jurídico da Liga, Eduardo Carlezzo, disseram. Segundo eles, o diálogo com a CBF está avançado, e a ideia é que o torneio esteja no calendário da entidade em 2017.
- Não, de forma nenhuma (será em caráter amistoso). O compromisso nosso é de ter o torneio em caráter oficial. Os clubes todos assinaram compromisso de participação - declarou o presidente do Atlético-MG, Daniel Nepomuceno.