"Preto de periferia", Bruno Henrique, do Flamengo, ganha verso de Djonga em novo CD

Na música "Oto Patamá", que fala um pouco da trajetória do rapper até o sucesso e cujo nome por si só já eterniza o bordão do jogador, Bruno Henrique ganhou um verso que recorda seus tempos de início de carreira.

"Nós só é bom no campo igual Bruno Henrique
Porque lembra dos tempos na várzea."

Ao GloboEsporte.com, Djonga, torcedor fervoroso do Atlético-MG, conta que deixou a rivalidade com o Flamengo um pouco de lado para passar essa mensagem. Ele se identifica bastante com Bruno Henrique.

- É um cara que, além do futebol, o lance mais importante é que um cara de periferia, daqui de BH, preto igual eu. Assim como eu, venceu na vida e é exemplo para muitos moleques da área dele. A referência vai nesse sentido - explicou o músico de 25 anos.

- O Bruno Henrique é um cara talentosíssimo. Todo mundo que é de BH, independentemente do time que torce, tem orgulho dele como jogador de futebol. Todo mundo que é preto, de quebrada. É um jogador enorme. Ano passado foi o melhor jogador em atividade no mundo na minha concepção. Joga muito. É de quebrada e vencedor igual a nós - acrescenta ele.

Ouça a música:

Esse é o quarto álbum gravado em estúdio de Djonga, que recebeu disco de Platina pelo primeiro ("Heresia") e Platina Duplo pelo segundo ("O Menino que Queria ser Deus"). Todas as 10 faixas do novo CD estão entre as 200 músicas mais tocadas no país no momento. Um dos artistas mais influentes do cenário do rap nacional, no entanto, conta que cresceu com o sonho da maioria dos meninos: ser jogador de futebol.

- Eu sou peladeiro. Jogo sempre, desde criança. Como quase todos os moleques, meu sonho sempre foi ser jogador também. Em um determinado momento, uns vão, outros não vão. E cada um vai tomando suas escolhas na vida. Mas jogo bola até hoje - diz ele.

Só para reforçar: Djonga é torcedor fanático do Atlético-MG, daqueles que acompanham todas as notícias e vão ao estádio sempre que podem. Pai, filho, esposa... Todos são atleticanos.

- Eu vou em todos os jogos. Se eu estiver em BH, não estiver fazendo nada de muito importante, eu vou. Às vezes, mesmo quando a coisa é importante, eu vou - brinca ele.

"Eu herdei do meu pai (a paixão pelo Galo). Minha família é toda atleticana. Só tem três cruzeirenses, bem chatos (risos). Todo mundo é doente com o Galo, e meu pai me levava no campo quando eu era mais novo. Hoje eu vou e levo meu filho, minha esposa. Quero passar para a frente este amor pelo Galo", completa.