O presidente do Flamengo , Rodolfo Landim, foi denunciado por gestão fraudulenta pelo Ministério Público Federal na última terça-feira. O MPF aponta crime de cinco pessoas no gerenciamento de um fundo de investimentos.

Luiz Rodolfo Landim Machado, Nelson José Guitti Guimarães, Demian Fiocca, Geoffrey David Cleaver e Gustavo Henrique Lins Peixoto são citados na ação como representantes das empresas Maré Investimentos e Mantiq em ‘esquema’ que teria durado de 2011 a 2016.

O MPF indica que os membros dos fundos de investimentos e participações (FIP) receberam montantes aplicados por entidades de previdência complementar (os fundos de pensão Funcef, Petros e Previ) e irregularmente o enviaram para o exterior.

As regulações não permitiam investir dinheiro de pensões em empresas estrangeiras. Os gestores, contudo, desejavam investir na empresa americana Deepflex. Então, o MPF alega que foi feita uma “manobra”, criando as companhias Brasil Petróleo e Participações SA e Deepflex do Brasil, como “veículos de fachada”.

A Deepflex foi à falência, desaparecendo todo o dinheiro investido.

“O MPF aponta que os acusados atuaram ardilosamente para permitir o investimento em instituição estrangeira. Pela gestão fraudulenta, a ação requer a condenação dos denunciados, que pode resultar em reclusão de 3 a 12 anos e também a reparação econômica e moral das vítimas no montante triplo do prejuízo causado (R$300,9 milhões), a ser atualizado posteriormente”, diz o comunicado do Ministério Público.

A ação tramita na 10ª Vara de Justiça federal.