Presidente do Bahia: Se as federações não se modernizam, perdem importância

Durante décadas o futebol brasileiro teve como carro-chefe a organização dos campeonatos estaduais, que são disputados há mais tempo que as competições nacionais, mas que nos últimos anos têm perdido a importância, tratados por parte dos clubes como uma pré-temporada para a preparação visando Campeonato Brasileiro , Copa do Brasil e os torneios internacionais, como a Libertadores.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida , do Canal UOL , o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, comenta a divisão de poder atualmente na CBF e a forma como as federações precisam se atualizar para que não percam sua relevância enquanto dão conta apenas dos torneios estaduais.

"Eu diria que algumas federações já estão percebendo que a forma de funcionar hoje não deve ser a mesma forma de funcionar de 30 anos atrás. Algumas até já passaram por um processo, iniciaram um processo de mudança, de transformação. Há 30 anos, os estaduais tinham um peso muito forte no futebol brasileiro, as federações organizadas nos seus núcleos estaduais tinham um peso muito forte, porque eram organizadoras das competições", afirma o dirigente.

"A partir do momento em que o estadual perde força e que as federações não se modernizam, e aqui eu não queria generalizar, porque há algumas que estão passando por um processo de modernização, a partir do momento em que elas não se modernizam, elas estão perdendo importância e isso não é um julgamento meu, isso não é um julgamento, isso é uma obviedade. As federações hoje têm um peso muito menor do que tiveram no futebol brasileiro", completa.

Bellintani considera que a modernização é inevitável para que as federações não percam relevância na discussão a respeito do futebol brasileiro.

"Elas têm dois caminhos no meu entendimento, ou elas passam por um novo ciclo de transformação, de projeto e de modernização, o que eu acredito que muitas delas querem fazer, ou elas vão seguir em uma linha descendente de relevância. Isso não é uma opinião minha, eu acho isso uma obviedade para qualquer pessoa que acompanha o movimento político e institucional do futebol brasileiro", conclui.

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Fonte: Uol