Presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Rogério Caboclo não teve papas na língua em seu discurso inicial no Prêmio Brasileirão 2020.

Caboclo defendeu a classe de arbitragem, tão criticada neste ano, em especial pelo VAR, além de ter criticado os dirigentes de clubes que reclamam de um suposto desfavorecimento.

"Eu falo aos presidentes, 'se os 20 clubes são prejudicados, quem será o favorecido?', questionou.

"Não existe clube prejudicado, favorecido. Porque se existe uma classe justa isenta e que eu aposto e que pertence ao time da CBF é a classe da arbitragem. São profissionais que merecem todo nosso respeito. Os árbitros do Brasil não erram mais que o árbitro de qualquer lugar do mundo. Por isso eu tenho a honra de dizer que o campeão do Brasil se consagrou dentro das 4 linhas", completou.

Caboclo também rebateu as críticas ao calendário do futebol brasileiro, alvo constante de clubes, técnicos e jogadores.

"Se os clubes jogam 80 partidas, significa que os clubes assinaram 80 partidas e a CBF transforma isso em calendário. O calendário não é feito pela CBF e não é o presidente de hoje, é o de ontem, que fez com que o jogador que está aqui, o técnico que está aqui, dispute 80 partidas...por conta dos contratos firmados, não pela CBF, a CBF não assina os contratos. Falo para os presidentes isso. Se algum treinador ouviu errado, que agora entenda certo. Não existe calendário irracional feito pela CBF", analisou.

"Todos dizem 'o calendário foi apertado, não há folga para os jogadores'. Não há folga em lugar nenhum. Como vamos fazer pra ter folga em meio a uma pandemia?", questionou.