Por que a Sul-Americana se tornou tão importante no Flamengo

REUTERS/Rodrigo Garrido
A Copa Sul-Americana se transformou em uma prioridade do Flamengo na temporada

A nova meta do Flamengo sempre foi considerada a última alternativa nos anos anteriores. Em busca de títulos na temporada, o Rubro-negro passou a ver a Copa Sul-Americana como saída importante em diversos aspectos. A caminhada de oito jogos para tentar alcançar o objetivo começa nesta quarta-feira (13), contra a Chapecoense, às 19h15 (de Brasília), na Arena Condá.

A partida é válida pelas oitavas de final e pode agilizar o planejamento carioca de avançar às quartas da competição internacional. O UOL Esporte reuniu os motivos que fizeram o Flamengo apostar no torneio enquanto aguarda a finalíssima da Copa do Brasil contra o Cruzeiro - dia 27, no Mineirão - e enfrenta dificuldades para trilhar uma campanha consistente no Campeonato Brasileiro.

Premiação de R$ 12,5 milhões

Gilvan de Souza/ Flamengo
Eliminado da Copa Libertadores ainda na primeira fase, o Flamengo perdeu dinheiro. O campeão da principal competição do continente levará cerca de R$ 25 milhões para casa. Por outro lado, a Sul-Americana aparece como uma espécie de consolação. O título pagará R$ 12,5 milhões. A premiação é vista com bons olhos na Gávea, principalmente porque ainda pode se somar ao valor da possível conquista da Copa do Brasil (R$ 6 milhões).

Na atual temporada, o Flamengo levou o prêmio de R$ 1,150 milhão por ter levantado o Campeonato Carioca invicto. O time ainda segue em busca da melhor posição no Campeonato Brasileiro. Os valores ainda não foram definidos, apenas o do campeão nacional: R$ 18 milhões.

Time completo

Armando Paiva/AGIF
Ao contrário da Copa do Brasil, quando não pode contar com todo o elenco, a Copa Sul-Americana tem outro regulamento. Com isso, Diego Alves, Rhodolfo, Everton Ribeiro e Geuvânio estão aptos a atuar. Isso, inegavelmente, torna o Flamengo mais forte e competitivo.

Só a possibilidade de contar com o goleiro titular - sem reviver a indefinição entre Alex Muralha e Thiago - já agrada ao técnico Reinaldo Rueda. O Flamengo pretende entrar com o que tem de melhor na Sul-Americana por conta do horizonte que se abriu. Contra o Palestino-CHI, na fase anterior, vale lembrar, diversos atletas foram poupados.

Título internacional

Conmebol/Divulgação
Quase 18 anos depois da Copa Mercosul de 1999, o Flamengo tem a chance de voltar a conquistar um título internacional. A torcida sonha em retomar o protagonismo no continente e, embora a Sul-Americana não seja a "menina dos olhos", trata-se de importante porta de entrada no processo.

Além da Mercosul, o Rubro-negro soma a Copa Libertadores e o Mundial Interclubes, ambos conquistados em 1981. A Copa Ouro Sul-Americana foi levantada em 1996. Será que o jejum será quebrado? É o que desejam torcedores e profissionais. "Tomamos a Copa Sul-Americana como grande responsabilidade e objetivo. É um torneio internacional e queremos fazer história", afirmou Berrío.

Vaga na Libertadores e sequência do projeto

Luciano Belford/AGIF
Além do título e do prestígio, a Copa Sul-Americana é mais uma porta para garantir o que o Flamengo deseja consumar o quanto antes em 2017: uma vaga na fase de grupos da Copa Libertadores do próximo ano. Tal feito garantirá a sequência do projeto idealizado e a possibilidade de antecipar a programação para 2018.

"A Copa Sul-Americana coloca na Libertadores e tem um grande significado no continente. Não serão jogos fáceis, mas trabalhamos pelo melhor para o Flamengo", encerrou o técnico Reinaldo Rueda.

CHAPECOENSE X FLAMENGO

Data/hora: 13/09/2017, às 19h15 (de Brasília)
Local: Arena Condá, em Chapecó (SC)
Árbitro: Gery Vargas (BOL)
Auxiliares: Juan Montaño (BOL) e Jose Antelo (BOL)

Chapecoense
Jandrei, Apodi, Grolli, Fabricio e Reinaldo; Moises Ribeiro e Lucas Mineiro; Wellington Paulista, Canteros e Alan Ruschel; Tulio
Técnico: Emerson Cris

Flamengo
Diego Alves; Rodinei, Réver, Juan e Pará; Cuéllar, Willian Arão e Diego; Everton, Berrío e Guerrero
Técnico: Reinaldo Rueda

Fonte: Uol