Mario Balotelli está no radar do Flamengo e pode ser mais um grande nome do futebol mundial a desembarcar no Brasil.

Mas depois de um começo de carreira que deixou torcedores assombrados, o italiano de (ainda) 28 anos deixou o cenário dominado por gigantes da Europa, tentou ganhar espaço na França e acabou esquecido por muitos.

A ascensão meteórica de Balotelli aconteceu em 2007, com a Inter de Milão , meses depois do aniversário de 17 anos do atacante. Na época, ele brilhou em partida contra a Juventus na Copa Itália e se tornou o jogador mais jovem a marcar pela Inter na Champions League .

Mas ao mesmo tempo que tinha sucesso em campo, ele começava a protagonizar polêmicas fora das linhas. Foi assim que, depois de problemas com o treinador José Mourinho e de críticas de lendas da própria Inter - como Javier Zanetti -, Balotelli deixou a Itália para defender o Manchester City .

Nos anos seguintes, o cenário se repetiu diversas vezes: gols, polêmicas e mudanças de time.

Em sua terceira temporada na Inglaterra e sem se entender com o técnico Roberto Mancini, Balotelli voltou para a Itália em 2013. Desta vez, o destino era o Milan . Um ano e meio depois, mais uma mudança para a Premier League , para jogar com a camisa do Liverpool .

Nos Reds , contratado para tentar substituir Luis Suárez - que havia sido vendido para o Barcelona -, Balotelli fracassou. Foram 28 partidas e apenas quatro gols e com o Liverpool em uma passagem que, anos depois, o próprio jogador classificaria como o "pior erro de sua vida".

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Em agosto de 2016, Balotelli desembarcou na França com um contrato de uma temporada para atuar no Nice .

O começo foi empolgante, com o italiano se tornando o primeiro jogador em 25 anos a marcar quatro vezes em suas duas primeiras partidas na Ligue 1 . Mas além de seus 17 gols em 28 jogos e do 3º lugar no Campeonato Francês, que levaram o Nice para a Champions League, a temporada de estreia também ficou marcada pelo racismo sofrido durante a partida contra o Bastia.

"É normal que os torcedores do Bastia façam sons de macaco tipo ‘uh, uh’ durante todos o jogo e ninguém da comissão disciplinar diga nada? Então o racismo é legal na França? Ou só em Bastia? Futebol é um esporte fantástico, mas essa gente como os torcedores do Bastia são horríveis”, questionou, na época, o jogador.

Balotelli renovou com o Nice e, em 2018, voltou a ser convocado para a seleção italiana depois de quatro anos longe da equipe. Em maio de 2018, ele marcou pela Itália - contra a Arábia Saudita - pela primeira vez desde a Copa do Mundo de 2014.

Mas em sua terceira temporada no Nice, ele se atrasou na volta para a pré-temporada e se reapresentou fora de forma. Suspenso nos três primeiros jogos e com problemas com o treinador Patrick Vieira, foram apenas 10 partidas e nenhum gol marcado.

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"Quando se trata de Mario, eu quero responder, empurra-lo na parede ou deixa-lo pendurado pela gola da camisa, mas não posso, não sou mais jogador", afirmou Vieira em dezembro de 2018.

Dias depois, Balotelli rescindiu seu contrato e assinou por seis meses com o Olympique de Marselha . Sem polêmicas fora de campo, seus números melhoraram: foram oito gols em 15 jogos - e uma despedida com cartão vermelho após carrinho em Congré, do Montpellier, na última rodada do Francês.