Polêmicas e arbitragem em evidência: CBF divulga análises do VAR de Palmeiras x Flamengo

Na noite deste domingo, a CBF divulgou as análises do VAR envolvendo os dois pênaltis assinalados no triunfo do Flamengo por 2 a 0 diante do Palmeiras, no Allianz Parque. As decisões da arbitragem foram o centro das atenções após a partida, gerando reações de ambos os lados.

O primeiro pênalti aconteceu ainda no primeiro tempo, a favor do time paulista. O árbitro Ramon Abatti Abel assinalou mão de Varela dentro da área, mas foi orientado pelo VAR, comandado por Wagner Reway, a revisar o lance e confirmar se a infração ocorreu dentro ou fora da área. Após analisar as imagens, o juiz manteve a decisão inicial. Na cobrança, Piquerez parou em uma boa defesa do goleiro Rossi.

– Abatti, por ser um lance fino, poderia recomendar a revisão direta, mas acho melhor você dar uma olhada junto comigo para ficar claro. Revisão para falta fora, ok? – diz Reway, ao chamar o árbitro.

– Jogador está dentro, o pé dentro. Está tocando a linha, o pé está mais dentro da linha, o corpo todo em linha. Não tem outra imagem? O pé está dentro. A tendência é que o jogador esteja dentro da área e com o braço sobre a linha – responde Abatti após analisar o lance.

Na segunda etapa, foi a vez do Flamengo ter um pênalti a seu favor. Arrascaeta caiu após contato com Murilo, mas inicialmente o árbitro mandou o jogo seguir. Novamente acionado pelo VAR, Ramon foi ao monitor e, após revisar o lance, decidiu marcar a penalidade.

– O defensor fez movimento claro com o braço. Abatti, recomendo revisão para possível penal. O impacto você vai me ajudar a avaliar com o que viu no campo. O atacante ia passar, ele abriu o braço contra a passagem do atacante, ok? – declara Reway.

– O atacante teria toda condição de pegar a bola, jogador coloca o braço e impede o atacante. Ele puxa o jogador, bota a mão no peito, jogador imprudente, (lance) promissor. Ele segura, impede o jogador de prosseguir de forma imprudente – conclui Abatti Abel.

As decisões do árbitro e do VAR geraram controvérsia. Pelo lado do Palmeiras, o goleiro Weverton e o auxiliar João Martins criticaram duramente a condução da arbitragem. Já no Flamengo, houve queixas sobre um possível cartão vermelho não aplicado a Gustavo Gómez e uma falta anterior sobre Varela que não teria sido marcada.

O pós-jogo também foi marcado por acusações extracampo. O diretor de futebol do Flamengo, José Boto, afirmou que um dirigente do Palmeiras tentou invadir o vestiário da arbitragem, algo que foi negado por Anderson Barros, dirigente do clube paulista, que acusou Boto de mentir. A súmula da partida não mencionou o episódio.