A Polícia Federal suspeita que o jogador do Flamengo Bruno Henrique, indiciado por fraude e estelionato em esquema de fraude em apostas esportivas, tenha apagado mensagens do celular com o intuito de "eliminar evidências". O aparelho telefônico do jogador foi apreendido em novembro do ano passado, durante uma operação de busca e apreensão.
"Ao analisar as conversas de WhatsApp, que compõem um total de 3.989 (três mil novecentos e oitenta e nove) chats, é notório que grande parte está vazia ou apagada, não há conteúdo de troca de mensagens", informou o laudo de análise do aparelho. A PF destacou que Bruno "já havia sido instado na esfera desportiva sobre os mesmos fatos, sendo possível que tenha apagado o conteúdo no intuito de eliminar evidências".
A PF obteve uma série de provas, no entanto, no celular de Wander Nunes, irmão do jogador. Em uma das conversas, o jogador aparece avisando a data em que receberia o cartão amarelo. Numa das trocas de mensagens, Bruno garante que não receberia o cartão antes: "Não vou reclamar", "só se eu entrar duro em alguém", escreveu o jogador. Na partida, o atacante recebeu o amarelo e reclamou com o árbitro, levando ao cartão vermelho direto.
Em outro momento, a polícia destaca uma mensagem na qual Wander pergunta se Bruno não poderia “tomar um cartão hoje”. "Dá pra tomar um cartão hoje não” e Bruno responde: “Dá não. Tenho 1 já”.
Em nota publicada na noite desta terça-feira, o Flamengo afirmou que não foi comunicado oficialmente pelas autoridades e defendeu o "devido processo legal". Veja a nota completa:
"O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique.
O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito."