PF diz que conversa de Bruno Henrique indica 'certeza' de que receberia cartão

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A Polícia Federal (PF) afirmou que conversas entre o jogador Bruno Henrique, do Flamengo, e seu irmão indicam que ele tinha "certeza" de que receberia um cartão amarelo em uma partida contra o Santos, em 2023, o que acabou ocorrendo.

"Conversas prévias ao jogo mantidas com Wander indicavam a 'certeza' do recebimento do cartão, indícios que se encontram materializados pelas apostas realizadas por familiares e amigos do irmão", diz o relatório.

Bruno Henrique foi indiciado por estelionato e fraude em jogos esportivos, pela suspeita de ter participado de um esquema de manipulação em apostas esportivas.

No dia 29 de agosto de 2023, 64 dias antes da partida, Wander Nunes Pinto Júnior, irmão do atleta, enviou mensagens a Bruno pedindo para ser avisado quando o "pessoal mandar" tomar um cartão amarelo. "Contra o Santos", respondeu o jogador.

O jogo em questão estava marcado para o dia 29 de outubro. "Já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso", escreveu o irmão.

Bruno Henrique foi punido já nos acréscimos da partida. Entretanto, a PF apontou outros quatro momentos anteriores em que ele pode ter tentado receber a punição.

Aos cinco minutos do primeiro tempo, tanto Bruno Henrique quanto Gabigol "reclamaram acintosamente com o árbitro" após uma falta marcada contra o Flamengo, mas apenas Gabigol recebeu um cartão amarelo.

Aos 18 minutos, Bruno Henrique fez uma falta no campo ofensivo, "que, potencialmente, seria punível com cartão amarelo". Depois, aos 22 minutos, houve uma nova reclamação com o juiz.

Aos 35 minutos do segundo tempo, o jogador derrubou um adversário e, após a falta ser marcada, chutou a bola para longe. Para a PF, "tal ação caracteriza, em tese, um lance 'clássico' para o recebimento de cartão amarelo".

Bruno Henrique acabaria recendo um cartão amarelo nos acréscimos, depois de uma falta. Em seguida, foi expulso após xingar o juiz.

Em nota publicada na noite de terça-feira, o Flamengo afirmou que não foi comunicado oficialmente pelas autoridades e defendeu o "devido processo legal".

Fonte: Extra