Pelaipe: Jesus levava funcionários do CT para almoçar e os quis em estádio

O técnico Jorge Jesus conquistou a torcida do Flamengo com os títulos conquistados no Brasileirão e na Libertadores, além do futebol jogado no ano de 2019, mas também conquistou os funcionários do clube rubro-negro com algumas de suas atitudes e a demonstração de preocupação com eles.

Em entrevista a Mauro Cezar Pereira no programa Dividida , do Canal UOL , Paulo Pelaipe, que foi gerente de futebol do Flamengo durante o período de Jorge Jesus, conta que o treinador costumava levar os funcionários que cuidavam do gramado para almoçar ou jantar uma vez por mês.

"Ele tinha uma característica, uma vez por mês, a cada 45 dias, 30 dias, ele pegava o pessoal lá da jardinagem, o pessoal que cuidava da relva, que ele chamava, e levava para almoçar, no final de tarde para jantar, ele estava sempre cuidando dos funcionários", conta Pelaipe.

O dirigente conta que um dos episódios com Jorge Jesus foi o dia em que o português fez questão que os funcionários mais humildes do Flamengo pudessem ir ver o time jogar no Maracanã e solicitou isso aos diretores do clube.

"Uma coisa que me marcou muito assim foi no dia que nós fomos jogar contra o Grêmio. Naquela semana ele me chamou, ele me chamava às vezes assim 'conselheiro Pelaipe, Paulo, venha cá', mas ele era um cara muito humano também, mas me marcou muito foi isso, ele me chamou e disse: eu quero comprar ingressos, vê quantas pessoas que tem na cozinha, quantas pessoas nos servem, venha ver quantas, o que nós precisamos que eu quero levar todo mundo no jogo, quero levar todo mundo no jogo", conta.

"Eu conversei com o Bruno Spindel na época, nós compramos os ingressos, eu, o Bruno e o Marcos Braz, e alugamos uma van e nós, quando a delegação saiu, naquele dia saiu o ônibus e saiu essa van só com os funcionários mais humildes do departamento, todos foram ao jogo, então o pessoal se emocionou na época e a vitória importante lá, foi uma vitória importante e realmente aquilo ali marcou muito assim pelo gesto dele, pela forma de pensar dele, ele era uma pessoa assim, além de cobrar, exigente, detalhista como treinador, mas tinha o lado humano que ele procurava agregar todo mundo", conclui.

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Fonte: Uol