Reforço do Flamengo , atacante Pedro Rocha precisou superar uma tristeza antes de virar jogador profisional.
Descoberto por olheiros do São Paulo quando jogava em escolinhas em Vitória, Espírito Santo, ele passou três anos (entre 2005 e 2008) na equipe do Morumbi e atuou ao lado de jogadores como Ademílson, Rodrigo Caio e Casemiro.
"Quando eu ia morar no alojamento em Cotia o São Paulo me dispensou. Foi nessa época que com 14 anos eu pensei em desistir do futebol. Voltei para minha cidade e fui morar em casa de novo", contou o jogador ao ESPN.com.br , em 2016.
Apesar da decepção, ele recebeu muito incentivo da família, sobretudo de seu pai, que não o deixou abandonar a bola. Alguns meses depois, Pedro foi morar na casa de uma tia e passou no teste no sub-17 do Clube Atlético Diadema . Pouco tempo depois, ele foi emprestado ao Juventus da Moóca para jogar sub-17 e sub-20.
Pedro Rocha jogou a Copa São Paulo de futebol júnior de 2013, quando foi eliminado pelo Grêmio . Por ter ido bem, ele passou a ser monitorado pelo time gaúcho enquanto atuava pelo profissional na Copa Paulista.
No ano seguinte, ele foi contratado pelo clube gaúcho e ficou por dez meses na equipe sub-20. O jovem subiu ao time principal pelas mãos do treinador Luis Felipe Scolari, em 2015.
Em 2016, ele foi titular do Grêmio na conquista da Copa do Brasil, anotando dois gols na final contra o Atlético-MG. Naquela temporada, Everton Cebolinha, principal astro gremista na atualidade, era seu reserva.
Sua família mandou fazer uma estátua do atleta nas proximidades do Arena do Grêmio.
Logo depois, o jovem foi vendido ao Spartak Moscou, no qual teve pouco espaço. No ano passado, ele foi emprestado ao Cruzeiro, mas não conseguiu ajudar o time a evitar o rebaixamento. Com o time celeste, ele fez 33 jogos e marcou quatro gols
Às vésperas do Natal, Pedro Rocha foi anunciado pelo Flamengo. E segundo anunciou o Spartak Moscou, com o qual o atleta tem vínculo até junho de 2023, o clube carioca vai não só arcar com os salários do jogador como tabém pagará uma quantia (não revelada) aos russos pela cessão.
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Há cláusula de opção de compra dos direitos do atacante pelo time carioca ao fim do vínculo.
No time pelo qual torcia na infância, Pedro Rocha espera dar a volta por cima e deixar Jessé, seu pai e fã número um, ainda masi contente. Ele assiste todos os jogos e deixa arquivado os feitos do atacante em caderno, desde 2002.