Novo camisa 10 e principal reforço do Vasco para a temporada, Dimitri Payet foi oficialmente apresentado nesta sexta-feira (18), em São Januário . E o meia-atacante francês revelou ter conversado com ex-jogadores do Olympiqye de Marselha que estão no futebol carioca antes de acertar com o Cruz-maltino.
Segundo Payet, depois de conversar com Gerson , do Flamengo , e Luis Henrique , do Botafogo , só ouviu elogios sobre o Vasco. O astro francês também lembrou que ajudou a dupla durante a passagem de ambos pela Ligue 1.
"Conversei com o Gerson. Foi meu colega durante 2 anos, conversávamos muito. Ajudei a ele se integrar na França no início. Nada mais justo do que ligar para ele e saber mais sobre o Vasco. Saber como era estar aqui, jogar no Vasco. Fez comentários de elogios ao clube. Luis Henrique também, jogou comigo na França e está no Botafogo. Eu os ajudei lá, e eles vão me ajudar aqui também", revelou.
Luis Henrique foi o primeiro a chegar ao Marselha e ser companheiro de Payet, em 2020. No ano passado, porém, retornou ao Botafogo por empréstimo.
Já Gerson, foi contratado pelos franceses no ano seguinte, a pedido de Jorge Sampaoli , que agora também é seu treinador no Flamengo, e voltou à Gávea no início desta ano.
Veja outras respostas de Payet durante a sua apresentação:
Por que escolheu o Vasco?
"Vai ser um grande desafio, sei da situação do Vasco, sei da pressão. Esse time do Vasco lembra o Marselha, é guerreiro, tem força, mas não está no seu lugar. Precisa colocar o Vasco onde merece. Não sou eu, é uma grande equipe. Sei da força do Gigante"
"Escolhi o Vasco pois sei que é um gigante, não só no Brasil, é conhecido na França. Conhecemos Romário, Juninho, Edmundo e Roberto Dinamite. E não foi só isso, há uma razão maior também pela minha escolha. Escolhi pela história da luta contra o racismo, que continua fazendo. É uma escolha que vai nesse sentido. É time de fé e dedicação"
Pressão
"Eu sou um jogador que gosta de desafios e responsabilidade. Tive a oportunidade durante 10 anos de ser o capitão do Olympique de Marselha. Conheço a pressão, sei o que é responsabilidade. Vim aqui para cumprir com tudo isso"
Recepção de torcida no Rio de Janeiro
"Agradeço de forma enorme aos torcedores. Pelo carinho, pelas faixas, pelo canto. Foi emocionante no aeroporto. Vou retribuir à altura no gramado"
Canção criada pela torcida
"Realmente, o Olympique de Marselha e o Vasco são dois times que enchem estádios. É raro ver o estádio vazio. O peso da torcida faz diferença. Em relação à música, meu português ainda não é bom suficiente para entender todas as rimas (risos), mas vi que era para mim. Gostei muito e logo menos vou poder cantar com a torcida"
Conversou com Nenê, ex-PSG e ídolo do Vasco?
"Entendo o peso da responsabilidade. Da camisa 10 do Vasco. Infelizmente não conversei com o Nenê ainda, mas conversei com várias pessoas do clube. Sei do peso desse momento (usar a 10 do Vasco que foi de Dinamite, que faleceu em 2023). Agradeço demais a força da torcida. A mensagem que transmito é que sou um jogador de garra, dedicado e vou vestir a camisa com muita honra"
Como gosta de jogar?
"Gosto de jogar com a camisa 10 à moda antiga. Aquele meio-campista mais ofensivo. Que colabora, vai para frente. Vai depender da comissão e dos treinos, mas gosto de ser um camisa 10 à moda antiga"
Parte física
"Conheci o técnico, os jogadores. Posso dizer que senti um time bastante unido, joga junto. Nesse último período eu não estava jogando, então, realmente, a parte física precisa ser aprimorada. Não sei se estou pronto para domingo. Mas, assim que possível, estarei em campo. A vontade é grande"
O que sentiu quando pisou em São Januário?
"Antes de vir ao Rio de Janeiro eu já tinha visto imagens da torcida em São Januário. Mas nada como chegar. No aeroporto vi a festa e senti a emoção da torcida. Com certeza São Januário é um estádio mítico. E por uma razão: foi construído pelos próprios torcedores. Certeza que será difícil enfrentar o Vasco no caldeirão"
Apelo à Justiça para liberar São Januário
"A segurança, claro, é importante. Para jogadores, torcedores e clube de forma geral. Defendo a segurança para todos. Mas, por outro lado, estádio vazio não dá sensação de futebol. Arquibancadas sem cantos, bandeiras. Isso não transmite paixão. Torço para a Justiça e o Vasco possam se organizar para resolver isso o quanto antes"
Próximos jogos do Vasco:
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Atlético-MG (C) - 20/8, 11h (de Brasília) - Brasileirão
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Palmeiras (F) - 28/8, 20h (de Brasília) - Brasileirão
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Bahia (F) - 03/09, 18h30 (de Brasília) - Brasileirão