Palmeiras enfrenta dificuldades na montagem do elenco enquanto Flamengo se reforça sem custos

O Palmeiras se vê em um momento crítico na preparação para a temporada de 2025. Após a decepcionante eliminação no Mundial de Clubes e uma classificação sem brilho contra o Universitário, pela Libertadores, a análise interna revela que o elenco sob o comando de Abel Ferreira apresenta lacunas significativas, especialmente no setor do meio de campo.

A principal preocupação gira em torno da reposição de Richard Ríos. O volante colombiano deixou o clube após o Mundial, e desde então, o Verdão não conseguiu encontrar uma alternativa confiável para a função de segundo volante. Lucas Evangelista, que foi contratado por R$ 24 milhões, é atualmente o único nome disponível para a posição, mas sua performance não tem convencido a torcida. Abel Ferreira tentou improvisar Allan contra o Universitário e utilizou Raphael Veiga em outras situações, mas nenhuma dessas soluções se mostrou eficaz. Marcel Ruiz, do Toluca, parece cada vez mais distante, e a nova aposta pode ser Andreas Pereira, do Fulham. No entanto, o fracasso nas negociações de janeiro levanta dúvidas sobre a viabilidade dessa contratação.

Divergências no planejamento entre Palmeiras e Flamengo

A diferença de estratégia entre Palmeiras e Flamengo se torna ainda mais evidente ao se comparar as abordagens dos dois clubes. O Flamengo, que também precisava reformular seu meio-campo, trouxe Jorginho, ex-Chelsea, e Saúl Ñíguez, ex-Atlético de Madrid e Sevilla, ambos sem custos de transferência. Jorginho, campeão da Euro pela Itália, foi oferecido ao Palmeiras, que não avançou na negociação. O Flamengo, por sua vez, aproveitou a oportunidade e assinou com o jogador sem custos. Saúl, por sua vez, conseguiu a liberação do Atlético e também chegou livre, após rescindir seu contrato verbal com o Sevilla. Sob o comando de Filipe Luís, Saúl rapidamente conquistou seu espaço entre os titulares.

Ambos os jogadores se tornaram peças fundamentais no esquema de Filipe Luís, trazendo polivalência, qualidade na transição e experiência internacional para apoiar Arrascaeta e Carrascal. O resultado é um meio de campo que se reinventou e atualmente dita o ritmo do futebol nacional.

Contraste financeiro e suas implicações

É irônico notar que, apesar de o Palmeiras ser considerado mais organizado financeiramente, o clube acabou gastando mais que o Flamengo, resultando em um elenco menos equilibrado. Enquanto o rival se reforçou com jogadores prontos e sem custos, o Verdão investiu pesadamente em um meio-campo que se mostra deficiente.

Se a lacuna no setor não for sanada rapidamente, o Palmeiras pode enfrentar sérias consequências, tanto em termos de desempenho em campo quanto no risco de ver o Flamengo brilhar com investimentos menores. A situação exige uma resposta rápida e eficaz da diretoria alviverde, que precisa encontrar soluções para evitar que a temporada de 2025 se torne um pesadelo.