As torcidas organizadas do Flamengo ganharam um apoio para voltarem aos jogos no Maracanã . Na quarta-feira, membros das organizadas se encontraram com o governador do Rio de Janeiro , Wilson Witsel , e receberam o suporte na negociação para retornar ao estádio. A Raça Rubro-Negra e Torcida Jovem do Flamengo estão banidas dos estádios pela Justiça, com base no estatuto do torcedor. A intenção é que o retorno aconteça para o confronto entre Flamengo e Grêmio, no dia 23 de outubro, no segundo jogo da semifinal da Copa Libertadores.
Desde 2018, as duas alas estão proibidas de frequentar os estádios, por até três anos, em razão de episódios de violência. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) obteve no Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos uma decisão liminar para afastar as torcidas organizadas de eventos esportivos em todo o país, sob pena de multa de R$ 50 mil por cada descumprimento.
As torcidas negociam com o MP-RJ um Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) há algum tempo, mas não houve nenhum acordo. Como Witsel tem autonomia e poder para coordenar o Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (Bepe) a dar suporte tanto às organizadas quanto aos torcedores comuns que frequentam os jogos.
O TAC oferecido por essas alas engloba todas elas, até mesmo as não-punidas, que precisariam se adaptar ao novo regime que está sendo negociado com as autoridades. Ou seja, seria o regresso das punidas e uma readequação das que não estão punidas para que pudessem acessar o estádio de forma diferente, com cadastro biométrico para poder evitar os episódios de violência como já acontecem no Maracanã.
Para esse retorno das torcidas, é preciso que a decisão da Justiça seja revista mesmo com o TAC.