A primeira Copa do Mundo de Clubes será uma experiência especial não apenas para as equipes brasileiras participantes, mas também para a torcida. Por isso, O GLOBO convidou quatro fanáticos por Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras que vão aos Estados Unidos acompanhar seus times para compartilhar sua viagem com os leitores. No projeto “On Tour”, os cronistas torcedores vão contar perrengues, surpresas, emoções, sacrifícios, histórias curiosas e marcantes, do ponto de vista que só um apaixonado pelo clube poderia ter.
O primeiro será o servidor público botafoguense Rodrigo Pacheco, de 46 anos, que estreia o espaço neste domingo, dia do confronto com o Seattle Sounders, pela primeira rodada do grupo B, às 23h (de Brasília). Embora carioca da gema, ele conta que se tornou alvinegro por influência do pai mineiro:
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— Minha família toda é de São João do Nepomuceno, terra do Heleno de Freitas, um dos maiores jogadores da história do Botafogo. Ele é o grande nome da cidade, que tem uma grande concentração de torcedores do clube por causa dele. Meu pai e a família dele são muito alvinegros. O amor pelo Botafogo veio na herança paterna.
Pacheco — que embarca para os EUA com um grupo de amigos e 15 uniformes alvinegros na mala — reconhece que chegar às oitavas de final, tendo ainda PSG e Atlético de Madrid na mesma chave, será uma missão bastante complicada. Mas ele cita a previsão meteorológica de um dos verões americanos mais quentes da História como um possível trunfo do time para passar da fase de grupos.
— O que a torcida espera é ganhar o primeiro jogo, teoricamente mais fácil, e que o sol da Califórnia prejudique o Atlético ao meio-dia, para que a gente possa fazer frente — diz, dando risada.
A viagem do jornalista e escritor rubro-negro Marcelo Dunlop, de 37 anos, terá um ingrediente a mais de emoção. Em vez de ficar hospedado em hotéis, como os outros, ele e o irmão decidiram “saltar” entre casas de conhecidos e viagens de trem enquanto seguem o Flamengo por Filadélfia e Orlando.
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— A gente tem um teto em Orlando no dia do jogo com o LAFC, tem na Filadélfia também nos outros dois jogos, mas vamos ficar pegando trem para os arredores de Nova York nos outros dias, onde a gente tem amigos, e visitar outros locais também — explica Dunlop.
Unindo o amor à escrita — herdado do avô e cronista, CJ Dunlop — e a paixão pelo Flamengo — da avó Ivette e do pai Mário —, Marcelo publicou dois livros sobre o rubro-negro.
— Na vitória ou na derrota, eu contava os perrengues, as coisas engraçadas. Conhecia esses personagens mitológicos das arquibancadas e via histórias engraçadas — diz, esperando poder replicar a experiencia no projeto “On Tour”.
O advogado tricolor Leonardo Bagno, de 47 anos, viaja com a mulher e a filha. O planejamento, ele conta, precisou ser iniciado com muita antecedência.
— Comecei assim que determinaram as cidades. Comprei as passagens em dezembro do ano passado, junto com os ingressos. Mas antes tive que convencer minha esposa a ir — lembra Bagno: — Ela só se interessou porque tinha dois jogos em Nova York, queria visitar a cidade.
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Mais otimista dos cronistas torcedores do GLOBO, ele acredita que o momento da temporada favorece o Fluminense e os outros brasileiros frente aos europeus:
— Os times que acompanham o calendário da Europa estão chegando até mesmo sem pré-temporada, vão iniciar no Mundial. Acho que as equipes do Brasil têm chance de surpreender por estarem no auge físico.
Já o escritor palmeirense Rodrigo Barneschi, de 44 anos, que já assistiu a mais de mil jogos do time como visitante, reconhece que embarca na viagem mais pela experiência do que pela possibilidade de vitórias.
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— A arquibancada define a minha identidade, vejo não só como esporte, mas como manifestação cultural. Tenho meus registros das vivências como torcedor visitante e isso sempre rende ideias — conta ele: — Levo esse Mundial como comemoração pelos últimos cinco anos do Palmeiras.
A cobertura nas páginas e no site
Além dos cronistas torcedores do “On Tour”, a cobertura do GLOBO no Mundial de Clubes ganha o reforço de mais um colunista diretamente dos Estados Unidos. Guga Chacra, a partir de hoje, abordará os aspectos culturais e geopolíticos do torneio — sem, é claro, deixar de lado seu olhar atento sobre o Palmeiras, seu time do coração e um dos brasileiros participantes da competição.
Marcelo Barreto, Carlos Eduardo Mansur, Gustavo Poli e Rodrigo Capelo continuam com suas colunas e análises nas páginas do jornal, agora com foco no Mundial. Já o editor Thales Machado, além de assinar uma coluna semanal, aprofunda a cobertura na sua newsletter semanal de esportes exclusiva para assinantes, “Que Jogo é Esse”.
Enquanto isso, o colunista Diogo Dantas estará presente na maioria das partidas e treinos dos clubes brasileiros no torneio.
Repórteres nos Estados Unidos e na redação, no Rio, acompanharão de perto cada etapa da competição. Com o padrão de qualidade que marca O GLOBO nos grandes eventos, a cobertura especial do Mundial de Clubes para o site inclui reportagens aprofundadas, infográficos interativos e até um game — tudo isso para mergulhar em uma edição inédita do torneio, realizada às vésperas do centenário do jornal.