Olivinha, do Fla, lamenta cusparada de vascaínos e quer finais em arena maior


O clima foi bem mais tranquilo que na primeira partida entre Flamengo e Vasco, válida pelo primeiro turno do Estadual do Rio de basquete, onde torcedores de organizadas do Rubro-Negro protagonizaram brigas na arquibancada pelas quais o clube deverá ser punido nos próximos dias. Mas o segundo confronto também teve um incidente, que ocorreu logo depois da confirmação da vitória do time da Gávea por 93 a 85. Vascaínos tomaram o ginásio do Tijuca Tênis Clube, já que o regulamento prevê torcida única para o mandante, e provocaram os jogadores adversários o tempo inteiro. Alguns, como Marcelinho e Olivinha, foram bastante vaiados, mas eles pegaram mesmo foi no pé de Rafael Mineiro que, durante o jogo, se estressou com a marcação de uma falta técnica. Na saída, um grupo deu cusparadas em direção ao camisa 12.

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- Isso aí, infelizmente, faz parte, né? Nós sabíamos que poderia acontecer uma coisa assim. Quando saímos, a torcida do Vasco estava toda na nossa saída, e não foi só o Mineiro que levou uma cuspida, nosso fisioterapeuta também, acho que até eu também... Mas isso aí faz parte. Não deveria acontecer, mas, infelizmente, acontece - lamentou Olivinha, cestinha com 24 pontos.

Flamengo Vasco Carioca Basquete (Foto: André Durão) Mineiro precisou ser contido por companheiros após reclamar de forma acintosa, e juiz marcar técnica (Foto: André Durão)

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Apesar de lamentar o momento em que o grupo de vascaínos deu cusparadas em direção aos rubro-negros, Olivinha disse gostar de jogos como esse, onde a torcida adversária vaia e xinga o tempo todo. Para ele, essa provocação se transforma em combustível em busca da vitória.

- Eu gosto bastante desse tipo de jogo. A torcida do Vasco pegou um pouquinho no meu pé. Isso aí só serve de motivação para mim. Dentro de quadra, tento fazer meu trabalho da melhor maneira possível. Fico focado durante os 40 minutos, e a torcida pode gritar o quanto quiser. Nosso foco tem que ser dentro de quadra. Eu consegui fazer isso - comentou.

Vasco Flamengo Basquete (Foto: André Durão) Vascaínos provocaram muito os jogadores do Flamengo no Tijuca (Foto: André Durão)

Olivinha gostaria apenas que o local das finais da competição fossem em uma arena maior e com a presença de torcedores das duas equipes que chegarem à decisão. As semifinais serão nos dias 17, 19 e 21 de outubro, em uma série melhor de três jogos. O Flamengo pegará o Botafogo, primeiro no Tijuca, depois, com mando do Glorioso, no mesmo local, e, novamente, como mandante no ginásio da Zona Norte do Rio, caso haja necessidade de terceiro confronto. Já o Vasco encara o Macaé. O primeiro e o terceiro jogos (se for preciso) serão em São Januário. O segundo será realizado fora de casa.

- A gente tem Maracanãzinho, Arena da Barra, ginásios maiores, que podem atrair mais público, receber mais torcedores e isso vai ajudar bastante nossa modalidade. Torcemos para que a fase final seja em um ginásio maior - opinou.

Técnico do Flamengo, José Neto demonstrou estar alinhado com o discurso de seu comandado. Ele fez coro à declaração de Olivinha e afirmou que o Rio de Janeiro, que acabou de receber a Olimpíada, tem opções melhores que o Tijuca Tênis Clube, onde só é possível realizar partidas com torcida única por questões de segurança.

- Eu fico imaginando esse jogo num ginásio maior, com as duas torcidas. Eu, como quem gosta do basquete, e acho que todo mundo gosta também, deveria pensar assim. Infelizmente é aqui, infelizmente é com uma torcida só por questão de segurança. Acho prudente, acho certo, mas acabamos de ter um evento olímpico aqui e temos arenas onde podemos fazer grandes eventos. Acho que as equipes merecem por tudo que vêm fazendo pela modalidade - disse.

Vasco Flamengo Basquete (Foto: André Durão) Assim como Olivinha, José Neto quer ver finais em arena maior (Foto: André Durão)


Para Neto, aliás, a concentração e o fato de se ater ao planejamento que foi feito e ensaiado nos treinamentos durante a semana foi o segredo da vitória do Rubro-Negro. Apesar do resultado positivo, contudo, ele ainda vê o time crescendo mais para a segunda fase da competição. O treinador pretende, por exemplo, que algumas falhas que a equipe tem apresentado sejam corrigidas a tempo de enfrentar o Botafogo no primeiro jogo da semifinal.

- Acho que não ficamos perdidos em nenhum momento, acho que teve um momento em que não conseguimos executar o que tínhamos programado, e eles tiraram proveito disso, da mesma forma que, quando executamos o que pensamos, conseguimos boa diferença. É a força do nosso trabalho. Tem que enaltecer não só porque ganhamos, mas sabemos o que queremos. Entramos no campeonato não para ganhar de um time, entramos para ganhar o campeonato. E era importante essa partida, pois a vitória nos deu o primeiro lugar. Agora o jogo mais importante que temos é a semifinal, vamos pensar no próximo adversário. Temos muita coisa a melhorar, ainda tivemos muita inconstância, muitos altos e baixos. É normal, mas o Flamengo não quer ser uma equipe normal, como nunca foi. E vamos trabalhar isso nos próximos dias para a semifinal - concluiu o comandante de Olivinha e cia.

Fonte: Globo Esporte