O Itaú BBA divulgou seu estudo anual sobre as finanças dos clubes brasileiros referente aos resultados de 2017. A análise mostra, entre outros dados, quanto as equipes arrecadaram com venda de jogadores desde 2010, com um ranking que aponta o São Paulo na liderança.

Segundo os números compilados pelo banco, nos últimos oito anos, ninguém ganhou mais dinheiro negociando atletas quando o clube tricolor paulista, com R$ 602 milhões entre 2010 e 2017. O São Paulo também foi quem mais vendeu na última temporada, com R$ 165 milhões.

Considerando o período desde 2010, o Corinthians é o segundo colocado da lista, com R$ 416 milhões. Em 2017, contudo, o campeão brasileiro ficou apenas na quinta colocação.

O top 5 do período histórico é completado por Santos , com R$ 338 milhões; Internacional , R$ 325 milhões; e Atlético-MG , R$ 243 milhões, que supera o arquirrival Cruzeiro , sexto colocado com R$ 237 milhões, por pouco.

O Flamengo foi o segundo clube que mais faturou com vendas em 2017, com R$ 147 milhões. O valor coloca a equipe em condição de destaque no levantamento de 2010, saltando para o nono lugar, com R$ 199 milhões no total do período analisado.

O clube rubro-negro carioca supera, desde 2010, assim, o Botafogo , com R$ 162 milhões; o Atlético-PR , com R$ 154 milhões; e o Palmeiras , o último entre os 12 maiores vendedores dos últimos oito anos, com R$ 132 milhões arrecadados no período.

Apenas em 2017, depois dos líderes de faturamento com vendas São Paulo e Flamengo, os que mais arrecadaram dinheiro vendendo atletas foram Santos (R$ 70 milhões), Grêmio (R$ 65 milhões) e Corinthians (R$ 51 milhões).

No total, o último ano rendeu R$ 831 milhões para clubes brasileiros com venda de jogadores. O estudo ressalta a questão cambial para tanto dinheiro, já que a maioria das operações é fechada em euros ou dólares – 252 milhões de dólares em 2017, por exemplo, representaram mais reais que US$ 300 milhões em 2013.

"A venda de atletas se tornou parte do negócio, de maneira equivocada. Cobre buracos no lugar de servir de fonte de recursos para novos investimentos. Esportivamente empobrece a qualidade do espetáculo, pois os clubes vencem atletas que estão bem e são obrigados a contratar outros que são apostas, demandam tempo de adaptação”, analisa o Itaú BBA.