No dia 25 de maio deste ano, quatro meses atrás, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, quis dar aula de jornalismo aos que consideravam irresponsável a volta do futebol e sentenciou: "Olha o que o Flamengo está fazendo, por que não fazem também?". Olha o exemplo que o esporte está dando para o resto das atividades do Brasil. Se a minha atividade é segura, é correta, a minha pergunta é: por que não?".
Hoje, Landim está isolado, com a Covid-19. Fosse só ele, menos mal, sua alma, sua palma, como dizia minha mãe.
Além dele, outro que garantia absoluta segurança, o médico do Flamengo, Márcio Tannure, também está com o vírus.
O doutor até almoçou com Jair Bolsonaro em maio, sem máscara, assim como Landim.
Também o doutor que embale o que pariu.
Mas 16 jogadores estão infectados e outros 9 já estiveram.
Até o técnico catalão Domènec Torrent está doente.
O que dizer de Landim que dizia não haver lugar mais seguro no mundo que o clube? E do médico?
Hoje, há nada mais nada menos que 27 pessoas, entre atletas, membros da comissão técnica e da diretoria, infectadas no Flamengo.
E tem jogo domingo contra o Palmeiras. Haverá?
Se eu jogasse no Palmeiras, não iria jogar.
E você, querida ouvinte, você caríssimo ouvinte, gostaria de trabalhar no Flamengo?
Comentário para o Jornal da CBN desta quinta-feira, 24 de setembro de 2020.