Alguns fatores ajudam a entender o motivo do Flamengo não ter conquistado um título sequer na temporada e um deles foi a agressão do preparador físico do técnico Jorge Sampaoli, Pablo Fernández, no atacante Pedro. Em entrevista ao Charla Podcast, na última sexta-feira, Filipe Luis relembrou do episódio e contou como os jogadores rubro-negros reagiram no vestiário.
— Eu estava a dois metros. Ninguém acreditou naquilo. Ninguém acreditava no que estava acontecendo. Pedro não fez nada, só não quis aquecer. Ele (Pablo Fernández) chega e faz aquilo. O Pedro não acreditou, tanto que nem revidou. Nenhum companheiro do Flamengo foi lá para bater nele — contou Filipe Luís.
O ex-lateral esquerdo do Flamengo também revelou que após o acontecimento o clima ficou insustentável para a sequência de Sampaoli no comando do time rubro-negro. No entanto, a diretoria do clube bancou o treinador argentino, que seguiu no cargo e só foi demitido quase dois meses depois do episódio.
— A partir daquilo, tornou-se insustentável. Porque o Pablo (Fernández) era a pessoa mais importante da comissão técnica de Jorge Sampaoli. Por mais que ele (Sampaoli) colocasse alguém de sua confiança, o ambiente não era bom. O time não progredia. O ambiente estava pesado, com uma energia negativa. Na sequência, perdemos a final (contra o São Paulo) — concluiu o ex-lateral.
O caso aconteceu depois da vitória do Flamengo sobre o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro, em Minas Gerais. Pedro foi interpelado pelo profissional de que não o respeitou por sentar no banco e finalizar o aquecimento depois de todas as substituições serem feitas no estádio Independência.
No vestiário, Pablo Fernández falou que não era para Pedro sentar no banco. O atacante, então, retrucou, disse que não era iria entrar, e demonstrou sua insatisfação com a comissão técnica. Foi quando levou um soco na boca.
No dia seguinte, a diretoria do Flamengo demitiu Pablo Fernández. Por conta disso, Jorge Sampaoli trouxe outro profissional para compor a comissão técnica, mas o clima não era bom, e o treinador acabou demitido depois de perder o título da Copa do Brasil para o São Paulo.