Novo estádio do Flamengo terá grama natural, e não sintética, diz Landim

A construção de um estádio do Flamengo, antigo projeto do clube e que neste ano voltou a ser discutido, passa por uma discussão importante: o "tapetinho". Nesta sexta-feira, o presidente do rubro-negro, Rodolfo Landim falou em entrevista ao jornalista Mauro Cezar Pereira e esclareceu a questão, deixando claro que a intenção é utilizar o gramado natural.

— Será um estádio somente para futebol, com gramado natural. Se quiserem fazer shows, façam no Maracanã depois que acabar a temporada — afirmou o dirigente.

Landim também explicou a estratégia para conseguir viabilizar a compra do terreno, que hoje pertence à Caixa Econômica Federal, bem como os custos para a construção do estádio.

— Houve a mudança de governo e não havia alguém já efetivado à frente da Caixa. Esperamos então a mudança do grupo de gestão, o novo presidente da Caixa foi empossado, fui à posse e estamos tentando uma reunião com ele para a semana que vem. Existe uma previsão de troca dos vice-presidentes da Caixa, então poderemos aprofundar as conversas, utilizando a tese do Flamengo, que é real — afirmou Landim.

O dirigente também explicou que a ideia de que o estádio do clube pode valorizar os terrenos adjacentes partiu de uma inspiração comercial de fora do país. Ele conta que pretende seguir o modelo da rede de supermercados Walmart, que viabilizou a construção de suas filiais através do potencial de retorno de circulação de pessoas na área.

– Quando o Walmart começou, se colocava em cruzamentos de estradas para ter grande movimento. Então notou que ao redor dele sempre crescia um complexo comercial, e começou a buscar incorporadoras e sugerir que montassem o complexo comercial no local, mas dessem ao Walmart o espaço para se instalar. O Flamengo tem um potencial enorme e precisa convencer essas pessoas que ter o estádio do clube em um terreno vai fazer com que saiam ganhando. Existem inúmeros terrenos ali. Se o clube tiver um deles, valorizaria os demais que estão eu volta, seria a chance de fazer decolar a região, com o surgimento de todo um complexo comercial, shopping, hotéis, etc — explica .

Landim alegou também que o clube não está interessado em explorar comercialmente o entorno, mas utilizar esse potencial para conseguir um "desconto" na compra do terreno.

— O Flamengo não terá esse entorno, mas naturalmente os donos dos terrenos vizinhos vão receber visitas de incorporadores que irão se interessar. Nos vendem por um preço mais baixo em troca do desenvolvimento e valorização do entorno. Preços inferiores, não de graça. Hoje há um círculo vicioso, está parado lá e sem vender, quero criar um círculo virtuoso. Fizemos isso no futebol, com um orçamento maior e times mais fortes, ganhando mais e arrecadando mais, retroalimentando o processo de crescimento dobramos o orçamento do Flamengo.

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Fonte: Extra